Foco: Navegar o Eufrates, viajar o tempo do mundo

O Eufrates é o rio mais longo do Médio Oriente, atravessando os Estados principais (Turquia, Síria, Iraque) mas também países como a Arménia e o Curdistão. É um dos quatro rios do Paraíso Terrestre, a Mesopotâmia. Seguir este rio é seguir um fluxo que, do monte Ararat até ao Shatt El Arab, transporta as imagens, as histórias e as pessoas, esquecendo os limites entre real e imaginário, e transforma os filmes, atracamentos simbólicos, fragmentos capazes de desenhar um atlas parcial e ainda assim surpreendente. De Honor (1926), de Hamo Beknazaryan, o primeiro filme arménio, a Yol, de Yilmaz Güney e Serif Gören, concluído no exílio e Palma de Ouro em Cannes em 1982; do sonho fracassado de progresso e socialismo da “trilogia do Eufrates” do realizador sírio Omar Amiralay aos pântanos iraquianos de Kassem Hawal, seguindo um cinema nómada que imagina mundos e comunidades.

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