Prémios
doclisboa 2008
COMPETIÇÃO INTERNACIONAL
Grande Prémio Cidade
de Lisboa para
a melhor longa-metragem - 15.000€
End of the Rainbow CI
de Robert Nugent
83´ França 2007
Uma grande companhia mineira multinacional transfere uma imponente unidade de prospecção de ouro da Indonésia para uma região remota da Guiné Conacry, em África. Nesta zona rural extremamente pobre, a presença da mina acaba por criar um clima de mudança e vários conflitos entre os habitantes locais. Quais as vantagens do proclamado progresso para uma aldeia africana? A transformação do mundo imposta pelo poder do dinheiro não garante necessariamente felicidade nem melhores condições de vida.
Prémio Odisseia para
melhor primeira obra -
5.000€
Must
Read After My Death CI
de Morgan Dews
74´ Espanha/EUA, 2007
A
história íntima, contada através das
suas próprias palavras e imagens, de um casal norte-americano,
Charlie e Allys, durante a década 1960, quando procurou
ajuda psiquiátrica e conselho matrimonial, submetendo-se
a uma série de tratamentos em grupo ou individuais.
Instruídos pelos doutores para gravarem as suas
discussões, este par pouco convencional, vítima
de um sistema traumático que alimenta o uso de drogas
e as terapias de choque, acaba por registar a luta de uma
família em reconstrução e a imagem
moral de uma época.
Prémio Johnnie Walker para a melhor
curta-metragem documental -
3.000€
The Rest of a Story CI
de Antonio Prata
35´ Itália/Suíça 2007
Dez anos depois, o autor do filme regressa
a Zurique, a cidade na qual teve a sua primeira experiência
de consumo de heroína e de onde foi obrigado a sair
para poder curar-se. Numa viagem ao passado, esta é a
tentativa de reaver o que resta das suas memórias
e um elemento vital para uma melhor compreensão de
si próprio.
Menção Especial
To
See if I’m Smiling CI
de Tamar Yaron
59´ Israel 2007
Uma jovem realizadora israelita que cumpriu
o serviço militar nos territórios ocupados
recolhe os terríveis depoimentos de seis mulheres
que, como ela, obedecendo à lógica militar,
cometeram actos de que se envergonham: humilharam civis,
violaram ou mataram inocentes, tiraram fotografias divertidas
ao lado das vitimas assassinadas. A candura e a emotividade
com que falam desse período contrasta com o conteúdo
dramático das confissões: “As minhas
mãos estão sujas de sangue”.
INVESTIGAÇÕES
Prémio RTP 2 para melhor documentário de Investigação – 5.000€
(este valor inclui a compra do filme pela RTP)
The
Women of Brukman I
de Isaac Isitan
90´ Canadá 2007
Durante alguns anos o realizador viveu dentro da Bruckman,
uma fábrica de confecções argentina à beira da falência
e sob risco de expropriação, e acompanhou uma verdadeira revolução
social protagonizada por mulheres operárias. Filme épico, The
Women of Brukman conta o caso único de uma cooperativa formada, em
pleno contexto do caos económico argentino, com o objectivo de devolver às
operárias
o seu emprego e garantir a viabilidade do local de trabalho. Um exemplo de sucesso
e perseverança que acabou por gerar um movimento de esperança na
sociedade argentina e se tornou num verdadeiro “case study” sociológico.
COMPETIÇÃO NACIONAL
Grande Prémio Tobis para o melhor documentário português de longa-metragem – 4.500€
Bab
Sebta CN
de Pedro Pinho e Frederico
Lobo
110´ Portugal 2008
Bab Sebta significa em árabe a porta de Ceuta e é o
nome da passagem na fronteira entre Marrocos e Ceuta. É o local para onde
convergem aqueles que, vindos de várias partes de Africa, procuram chegar à Europa.
O filme Bab Sebta percorre quatro cidades ao encontro dos tempos da espera e
das vozes desses viajantes.
Prémio Tobis para o melhor docmentário português de curta-metragem – 1.500€
O Segredo CN
de Edgar Feldman
25´ Portugal 2008
António Dias Lourenço,
hoje com 94 anos, comunista, relembra os anos de encarceramento
no Forte de Peniche, durante a ditadura fascista em Portugal,
focando-se no episódio da sua
evasão em 1954. É essa fuga, de uma coragem física notável,
que o filme pretende mostrar. Percorrendo a velha
cadeia de alta segurança
e o que resta do antigo edifício, Dias Lourenço
evoca as peripécias
pelas quais passou para se evadir e mostra algumas das salas
onde ele e os seus camaradas viviam diariamente. Foi depois
de ter sido castigado a um mês
de “segredo” (um cubículo sem luz destinado às
piores reprimendas) que resolveu engendrar uma das mais bem
sucedidas e espectaculares fugas.
Prémio Sony para melhor primeira obra portuguesa - 3.000€ + câmara SONY
HD
Queria
Ser CN
de Sílvia Firmino
75´ Portugal 2008
Uma escola
primária em risco de fechar no interior de Portugal. Dez
alunos, do primeiro ao quarto ano lectivo, numa mesma sala. Um
filme que vai à procura de um programa de reforço à leitura
e encontra a força, as ambições e os medos
destas crianças.
Prémio AVID para melhor montagem – Avid Media Composer
de última
geração versão 3.0
Nacional
206 CN
de Catarina Alves Costa
53’ Portugal 2008
Fábrica de têxteis. Estrada Nacional 206, entre
Guimarães e Famalicão, no Vale do Ave. À procura de testemunhos
sobre os percursos escolares, encontramos o quotidiano e a rotina de uma fábrica
que nunca pára, dia e noite, e dos que nela trabalham. O filme mostra
uma empresa com oitenta anos, ainda nas mãos da terceira geração
de familiares do Sr. Oliveira, o fundador. Com 1200 trabalhadores, exporta 80%
da sua produção para a Alemanha, os EUA e o Japão produzindo
tecido de grande qualidade para marcas como Armani e Hugo Boss. Dentro dos seus
corredores e maquinaria, seguimos o quotidiano e rotina dos trabalhadores que
nos falam da escola, e do seu percurso profissional e pessoal.
Menção Especial
0=6 Homeoestética CN
de Bruno de Almeida
60´ Portugal
2008
Documentário sobre o movimento
Homeostética, que surgiu em Lisboa nos anos 80 e
foi constituído pelos artistas Fernando Brito, Ivo,
Pedro Portugal, Pedro Proença, Manuel João
Vieira e Xana. Utilizando o humor como estratégia
de demarcação crítica, a Homeostética
manteve sempre uma posição marginal de fortes
influências Dadaistas e desenvolveu uma intensa produção
que resultou em exposições, textos, manifestos,
filmes, concertos e outras performances colectivas. Discretos
nas suas realizações e desprezando olimpicamente
a sua própria glorificação, os homeostéticos
perderam em visibilidade externa o que vieram a ganhar
em modo de existência. Para eles o sentido da vida
encontrava-se na criação artística
e a criação artística, por sua vez,
permitia-lhes inventar novas possibilidades de vida.
JÚRI UNIVERSIDADES
Prémio doclisboa
IPJ para melhor longa-metragem
da Competição Internacional – 1.500€
Alone in Four Walls CI
de Alexandra Westmeier
85´ Alemanha 2007
Uma viagem ao interior
de um reformatório juvenil na Rússia onde
estão presos jovens com menos de 15 anos condenados por vários
tipos de delito: dos mais pequenos roubos aos mais graves homicídios.
A maioria provém de famílias carenciadas e problemáticas,
marcados por um clima de abusos físicos ou ausência parental e alcoolismo. Alone in Four Walls ouve atentamente o que as crianças têm a dizer,
mas também procura retratar o meio de onde vêm.
JÚRI ESCOLAS
Prémio doclisboa
IPJ para melhor filme da Competição Investigações – 1.500€
The
Women of Brukman I
de Isaac Isitan
90´ Canadá 2007
Durante alguns anos o realizador viveu dentro da Bruckman,
uma fábrica de confecções argentina à beira da falência
e sob risco de expropriação, e acompanhou uma verdadeira revolução
social protagonizada por mulheres operárias. Filme épico, The
Women of Brukman conta o caso único de uma cooperativa formada, em
pleno contexto do caos económico argentino, com o objectivo de devolver às
operárias
o seu emprego e garantir a viabilidade do local de trabalho. Um exemplo de sucesso
e perseverança que acabou por gerar um movimento de esperança na
sociedade argentina e se tornou num verdadeiro “case study” sociológico.
|