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SECÇÕES
[CI] Competição Internacional
Selecção de filmes (longas e curtas-metragens), de 2004 e 2005, de todo o mundo.
[P] Para Onde Vai o Documentário Português?
Selecção competitiva da produção e da realização nacional mais recente.
[I] Investigações
Selecção de filmes de todo o mundo, ligados a questões de actualidade.
[HE] Histórias da Europa: Nacionalismos, Identidades e Fronteiras
Conjunto de filmes que permitem um melhor conhecimento e reflexão sobre três temas que marcam o presente e o futuro da Europa. Secção comissariada por Augusto M. Seabra.
[R] Documentário Russo Pós-Soviético
Mostra dos últimos 10 anos da produção de documentário russo. Secção comissariada por Tue Steen Müller.
[RM] Retrospectiva Ross McElwee
Inauguramos uma nova secção da programação, a apresentação do trabalho de um autor maior do documentário internacional ainda insuficientemente divulgado em Portugal. O doclisboa fará a mais completa apresentação dos filmes do realizador americano Ross McElwee até agora realizada na Europa e editará uma brochura com textos críticos sobre essa obra.
[SE] Sessões Especiais
Conjunto de filmes extra-competição. Alguns deles, tendo já assegurada
a sua distribuição em Portugal, serão exibidos no doclisboa, em antestreia
nacional. Serão também realizadas duas masterclasses, uma com o realizador
americano Ross McElwee e outra com o realizador russo Alexander Krivonos,
autor de dois dos filmes apresentados na secção Documentário Russo
Pós-Soviético, The House on the Island e Russian Avant-Garde respectivamente.
As duas masterclasses, com tradução simultânea em português, têm
entrada livre mediante o levantamento de um bilhete.
PROGRAMA 15 | 16 | 17 | 18 | 19 | 20 | 21 | 22 | 23
Programação - Galeria 2
Programação - Actividades Paralelas [programa em PDF]
Sábado 15
18h00, Grande Auditório
Rize [Sessão de abertura]
de David LaChapell
86’ EUA 2005
“Rize” revela um inovador fenómeno de dança que apareceu
nas ruas de South Central, em Los Angeles. Beneficiando de acesso
ilimitado, o documentário mostra pela primeira vez uma forma artística
revolucionária nascida da opressão. Essa dança agressiva e espectacular
moderniza gestos e passos inspirados nos rituais tribais africanos
e acrescenta-lhes movimentos atléticos aceleradíssimos. “Rize”
acompanha a fascinante evolução da dança: conhecemos Tommy Johnson
(Tommy the Clown, o Palhaço), que primeiro criou o estilo como
resposta aos motins de Rodney King em 1992 e o baptizou de clowning,
assim como os miúdos que desenvolveram o movimento e lhe chamaram
Krumping. Eles usam a dança como uma alternativa aos gangs e à
violência.
21h00, Pequeno Auditório
Liberia: an Uncivil War [I]
de Jonathan Stack
102’ EUA 2004
O verão de 2003 na Libéria foi infernal: dois exércitos travam a última batalha
de uma guerra civil que dura há 15 anos, cercando a capital, enquanto milhares
morrem devido ao rebentamento de morteiros lançados de longe. Os soldados,
na sua maioria adolescentes, enfrentam-se numa sangrenta batalha urbana enquanto
o país reza pela chegada de forças americanas que ponham fim à violência. A
Libéria, um país fundado por escravos americanos emancipados, tem uma longa
história que se cruza com a da América. O filme apresenta a complexidade dos
vários níveis do conflito liberiano e chama a atenção para o falhanço moral
da resposta dos Estados Unidos ao crescimento de uma crise humanitária.
21h00 Grande Auditório
Sereias [CI]
de Dina Campos Lopes
70’ Portugal 2005
Convidada por organizações portuguesas, Rebecca Gomperts leva a cabo
uma acção de intervenção pró-escolha em Portugal. Directora da organização
Women on Waves, activista pela causa do aborto, continua a gerar polémica em
torno das suas acções, já que as mesmas rasgam fronteiras nacionais e questionam
modelos pré-estabelecidos de intervenção na vida pública. O “barco do aborto”,
como é conhecido pelos media, resgata do direito marítimo internacional a possibilidade
de transportar uma clínica ginecológica, devidamente equipada, até às mulheres
que por imposição de leis proibitivas no seu país recorrem ao aborto ilegal.
Em águas internacionais o barco assume o direito da bandeira do pais de origem,
a Holanda. Depois de visitar a Irlanda e a Polónia, o barco navega para águas
Portuguesas.
23h00 Pequeno Auditório
Massaker [I]
de Monika Borgmann, Lokman Slim, Hermann Theissen
98’ Alemanha 2004
Vinte anos decorridos sobre o massacre de Sabra e Shatila durante a guerra
civil libanesa, os realizadores procuram compreender o que levou pessoas “normais”
a cometertais actos de violência e atrocidades. Seis homens das milícias envolvidas
são entrevistados: seis carrascos, cada um com a sua personalidade e história
de vida que, obedecendo a ordens mas de sua livre vontade, participaram no
massacre. O local fechado das entrevistas é uma escolha radical que os faz
aparecer como figuras fantasmagóricas. “Massaker” não é a paródia de um julgamento
nem uma tentativa de psicoterapia. Deve antes ser entendido como uma análise
psicopolítica.
23h00, Grande Auditório
Cell Stories [CI]
de Ed Lachman
10’ EUA 2004
O primeiro documentário filmado inteiramente com a função
de vídeo-gravação do telemóvel. Quatro brevíssimos
filmes em que pessoas contam histórias envolvendo os seus telemóveis.
A imagem é dividida em seis segmentos, que estilhaçam o narrador
e visualizam o que é contado.
Following Sean [CI]
de Ralph Arlyck
88’ EUA 2004
O realizador Ralph Arlyck conheceu Sean quando estudava
em São Francisco, em meados dos anos 60. A cidade fervilhava com
os acontecimentos da revolução cultural que se vivia nos EUA: a principal
Universidade da cidade invadida pela polícia de choque, os bairros
boémios cheios de vagabundos e idealistas e, no terceiro andar do
prédio de Arlyck, um apartamento onde qualquer um era bem-vindo.
Era do último andar desta comuna que o precoce Sean de quatro anos
descia para visitar e falar com Arlyck – e um dia o realizador ligou
a câmara. Trinta anos, três gerações e uma vida inteira depois, Arlyck
voltou a São Francisco em busca do adulto em que Sean se tornou.
[topo]
Domingo 16
14h30, Pequeno Auditório
Wednesday [R]
de Victor Kossakovski
93’ Rússia 1997
Quarta-feira, 19 de Julho de 1961. É Verão e os jornais estão cheios
dos artigos habituais. O mundo está profundamente mergulhado na Guerra
Fria. 51 meninas e 51 meninos nascem nesse dia em Leninegrado. Um
deles é o realizador Viktor Kossakovsky. São Petersburgo, 1995. A
cidade tem novamente o nome do seu fundador. Esta pequena diferença
reflecte as enormes alterações políticas ocorridas desde que aquelas
101 crianças nasceram. O que será feito delas? Como evoluíram as
suas vidas desde 19 de Julho de 1961? Será que essa data as amarrou
a um destino partilhado ou será que nada têm em comum? Partindo apenas
destas interrogações, Kossakovsky pega na sua câmara e leva a cabo
o gigantesco desafio de localizar essas cem outras pessoas que têm
a mesma data de nascimento que ele.
14h30, Grande Auditório
Srebrenica: a Cry from the Grave [HE]
de Leslie Woodhead
104’ Reino Unido 1999
Srebrenica, Bósnia. A primeira Área de Segurança criada pelas Nações
Unidas foi o local do pior caso de genocídio ocorrido na Europa
desde a Segunda Guerra Mundial. Em Julho de 1995, o exército bósnio
sérvio apoderou-se brutalmente do controlo da pacata cidade e da
região envolvente. Num período de cinco dias, os soldados bósnio-sérvios
separaram famílias muçulmanas e assassinaram mais de sete mil homens
e rapazes nos campos, escolas e armazéns. 16h30, Pequeno Auditório
Un Dragon dans les Eaux Pures du Caucase [I]
de Nino Kirtadzé
90’ França 2005
A pequena aldeia de Sakiré está a testemunhar os dias mais intensos
da sua história. Um gigantesco oleoduto da BP irá perturbar o sossego
e o ar puro desta pacata aldeia do Cáucaso… O filme é uma comédia
humana com uma dimensão universal, um conto de fadas moderno, entrelaçando
de uma maneira única a realidade local com uma dimensão global.
É uma parábola da globalização: as comunidades pequenas, de qualquer
outro país, ligadas às suas raízes e costumes poderiam experimentar
os mesmos sentimentos se fossem
confrontadas com decisões vindas de países mais poderosos e distantes.
16h30, Grande Auditório
Shape of the Moon [CI]
de Leonard Retel Helmrich
92’ Holanda 2004
Shape of the Moon segue o percurso de uma família indonésia através
das marcadas contradições do país: entre o meio urbano e rural, entre
muçulmanos e cristãos, entre as antigas tradições e um mundo novo.
A católica e viúva Rumidja é a âncora do filme nas suas tentativas
de adaptação à recente conversão do seu filho ao Islão. Com a cidade
de Jacarta num clima de crescente violência e alguns dos seus cidadãos
cada vez mais fundamentalistas, Rumidja sonha em escapar para a sua
Java natal, mas sabe que as aldeias de lá pouco podem oferecer a
si e à sua pequena neta.
18h30, Pequeno Auditório
D’Est [HE]
de Chantal Ackerman
107’ França 1993
Sem diálogos ou comentário, Chantal Akerman criou um revelador “documentário
a aproximar-se da ficção”, no qual a sua câmara atravessa os lugares,
as pessoas e as paisagens encontrados numa viagem começada no fim
do Verão na Alemanha de Leste, continuada através da Polónia, e acabada
finalmente em pleno Inverno moscovita. Numa tentativa de capturar,
“enquanto ainda há tempo”, o que vai desaparecer de países em profunda
transformação, “D'Est” leva-nos através de um mundo de símbolos decadentes
e onde as pessoas continuam a lutar pela sobrevivência.
18h30, Grande Auditório
A Luz da Ria Formosa [P]
de João Botelho
52’ Portugal 2005
Deambulando pelas ruínas romanas de Milreu, por entre restos de
mosaicos magníficos, uma mãe (a actriz Susana Borges) prepara o
filho para a vida, prepara o filho para a viagem, aproveitando
os conselhos do “estóico” Séneca, tão sábio e tão asceta, que o
déspota e louco Nero, de que Séneca era conselheiro, incomodado
com tanto saber e tanto desprendimento lhe “ordenou” o suicídio.
“A leitura alimenta a inteligência...”. Ver e ouvir, também. Então,
vamos acompanhar mãe e filho, por vezes juntos, por vezes separados,
numa viagem por um pedaço de terra, de ria e de mar, pedaço que
se diz protegido (?), pouco mais de 40Km de um sistema lagunar,
único, vibrante e magnífico, onde a luz decide tudo. “Essa luz
animal que estremece e vibra como as asas de uma cigarra” disse
Raul Brandão, essa luz matéria, origem de toda a vida e de todo
e qualquer pensamento, digo eu.
21h00 Pequeno Auditório
Prisonniers de Beckett [I]
de Michka Saal
90’ França 2005
A história do encontro entre dois mundos separados. O mundo da poesia
e da liberdade e o mundo da escuridão onde a liberdade é desconhecida.
Esta história começa numa prisão de alta segurança na Suécia, na
qual um jovem actor decide encenar “À Espera de Godot”, de Samuel
Beckett, com cinco prisioneiros nos papéis principais. Os ensaios
e a representação têm uma autenticidade única. O próprio Becket é
tocado pela verdade do seu trabalho e cede os direitos da peça. A
partir daí uma loucura contagiosa toma conta de todos: o director
da prisão acha que os prisioneiros devem representar num teatro a
sério e pede às autoridades suecas para que seja autorizada a estreia
pública. Pela primeira vez na história da prisão, cinco prisioneiros
saem para representar perante o mundo livre, num teatro de Gotemburgo.
21h00, Grande Auditório
Fiat Lux [P]
de Luís Alves de Matos
16’ Portugal 2005
Num lugar perto de Tondela, uma pequena comunidade esperou
25 anos pela instalação da luz eléctrica. E cinco anos mais tarde
a luz chegou.
Retrato [P]
de Carlos Ruiz Carmona
83’ Portugal/Espanha 2004
Fotografias de família, memórias, paisagens e cenas
da vida quotidiana, constituem o retrato de uma forma de viver, de
uma atitude perante a vida. Retrato de uma geração onde o casamento
era “até que a morte nos separe”, e de uma época de miséria e opressão
marcada pela herança da Guerra Civil Espanhola. Retrato do homem
e da mulher, do pai, da mãe e do filho, das suas preocupações, das
suas esperanças, sonhos, vivências e sentimentos. Retrato da identidade,
da origem, da memória, da vida como um puzzle por decifrar. Um Retrato,
às vezes confuso, desfocado, meio apagado, como recordações
onde questionamos o passado, o presente e o futuro, no continuo debate
da própria vida. Damos muitas voltas mas há questões que permanecem:
afinal, quem somos? E porque somos assim?
23h00,
Pequeno Auditório
Bread Day [R]
de Sergei Dvortsevoi
53 ‘ Rússia 1998
A 80 km de São Petersburgo fica um posto de trabalhadores
semi-abandonado onde apenas uma meia dúzia de pessoas idosas permanecem.
A comida chega ali uma vez por semana. Os velhos habitantes podem
comprar pão apenas uma vez por semana e a uma hora fixa: é o Dia
do Pão.
In the Dark [R]
de Sergei Dvortsevoi
40 ‘ Finlândia 2004
Moscovo. Um bairro densamente povoado nos arrabaldes.
Um homem de 80 anos perdeu a luz dos olhos. Vive num pequeno apartamento
com um gato branco. O homem quer sentir-se útil e faz sacos de
compras de rede. O gato está sempre a arranjar confusão: todos
os dias há uma luta contínua entre os dois. Mas o gato é o único
amigo do homem, para além de ser seu inimigo. O homem ouve os sons
das ruas de Moscovo, que lhe chegam pela janela. Também sai e tentar
dar às pessoas os sacos que faz, sem pedir nada em troca. Ninguém
os quer, pois todos têm sacos de plástico.
23h00, Grande Auditório
Darwin’s Nightmare [SE]
de Hubert Sauper
107 ‘ França/Áustria 2004
“Darwin's Nightmare” é um conto sobre o ser humano, entre o Norte
e o Sul, sobre a globalização e sobre peixes. Nos anos 60, no coração
de África, um novo animal foi introduzido no lago Victória como parte
de uma pequena experiência científica. A Perca do Nilo, predador
voraz, erradicou a maioria das espécies de peixe nativas do lago.
Ao mesmo tempo, multiplicou-se com enorme rapidez e os seus filetes
brancos são actualmente exportados para todo o mundo. Enormes aviões
de carga ex-soviéticos aterram diariamente na região para recolher
a mais recente pescaria em troca do transporte de kalashnikovs e
munições para as incontáveis guerras em curso no centro do continente
africano. Os florescentes negócios de peixe e armamento criaram uma
aliança globalizada impiedosa nas margens do maior lago tropical
do mundo.
[topo]
Segunda 17
11h00, Pequeno Auditório
Occupation: Dreamland [I]
de Garrett Scott, Ian Olds
78’ EUA 2005
“Occupation: Dreamland” é um retrato melancólico dos militares da
82ª Divisão Aéreotransportada do Exército dos Estados Unidos, estacionados
na cidade maldita de Falluja, no Iraque, durante o Inverno de 2004.
Um estudo colectivo do pelotão vai-se desenrolando à medida que os
soldados lidam com um ambiente de conflitualidade latente e a confusão
crescente para anunciar a proximidade da catástrofe. Através das
actividades do pelotão, “Occupation: Dreamland” permite um vislumbre
esclarecedor sobre os últimos dias de Falluja antes da série de ataques
empreendidos na Primavera de 2004 que acabará por destruir a cidade.
O resultado é um olhar revelador e, por vezes, surpreendente da vida
militar, das operações de guerra e da complexidade desta guerra americana
no século XXI.
14h30, Pequeno Auditório
The Bridge [HE]
de Ileana Stanculescu
75’ Roménia 2004
Uma velha ponte entre uma cidade romena e uma ucraniana está a ser
reconstruída com o apoio financeiro da União Europeia. A ponte sobre
o rio Tisa foi destruída durante a II Guerra Mundial e o rio tornou-se
na fronteira entre a Roménia e a União Soviética. Essa fronteira
separou durante quase 50 anos membros da mesma família, amigos e
vizinhos. A reconstrução da ponte está terminada, mas a ninguém é
permitido atravessá-la. Uma das razões é a do alargamento da União
Europeia. A Roménia quer tornar-se num membro da União em 2007 e
para isso tem que manter fechadas as fronteiras com a Ucrânia.
16h30, Pequeno Auditório
Meet Me in the Rothko Room [CI]
de Rob John
18’ Reino Unido 2004
Filmado durante cinco dias na Tate Modern, este filme é em
primeiro lugar um comentário social que permite ao espectador observar
os observadores dos quadros. O acréscimo de uma narrativa através
de um vasto leque de personagens e dos comentários gravados produzidos
pelo próprio museu ajudam a dar vida aos quadros e à figura de Mark
Rothko junto das pessoas familiarizadas ou não com o seu trabalho.
Finalmente, a voz do realizador acrescenta um elemento pessoal, levando
os espectadores numa viagem de descoberta.
By the Ways (A Journey with William Eggleston) [CI]
de Vincent Gérard e Cédric Laty
90’ França 2005
Uma viagem com William Eggleston. Uma viagem pelo
do sul dos Estados Unidos, a terra-natal de William Eggleston: o
“pai da fotografia a cores”. Nos últimos 40 anos, Eggleston fotografa
esta terra árida, com o intuíto de fazer História. Um visionário?
O fotógrafo, fazendo o seu próprio papel, esquiva-se à revelação
da sua personalidade. Dessa forma, o seu silêncio persistente desafia
cada verdade revelada. O filme é continuamente sugado para um jogo
entre a sua própria ficção e a verdade. As fotografias de Eggleston
como ruínas de uma civilização longínqua?
18h30, Grande Auditório
Natureza Morta [P]
de Susana de Sousa Dias
72’ Portugal 2005
Dentro de uma imagem esconde-se sempre outra imagem. Utilizando
apenas filmagens de arquivo e sem recorrer a palavras, “Natureza
Morta” pretende redescobrir e penetrar na opacidade das imagens
captadas durante os 48 anos da ditadura portuguesa (actualidades,
reportagens de guerra, documentários de propaganda, fotografias
de prisioneiros políticos, mas também rushes nunca utilizados nas
montagens finais), permitindo a sua reabertura a diferentes leituras.
21h00, Grande Auditório
Sherman’s March [RM]
de Ross McElwee
155’ EUA 1986
Ross McElwee prepara-se para fazer um documentário sobre os vestígios
da marcha destruidora do General Sherman pelo Sul dos Estados Unidos
durante a Guerra Civil americana, mas é constantemente desviado do
seu tema pelas mulheres que entram e saem da sua vida, por pesadelos
recorrentes com o holocausto nuclear e pela figura de Burt Reynolds.
Um documentário autobiográfico sobre a vida, o amor, o medo nuclear
e as várias neuroses do General William Sherman.
23h00, Pequeno Auditório
Fabrika [CI]
de Sergei Loznitsa
30’ Rússia 2004
Um dia é como toda a vida. Um dia numa fábrica. Uma siderurgia.
O ser humano como parte da maquinaria do mundo ou o mundo maquinal
como parte do ser humano. O metal produzido pelas pessoas escraviza-as
e reduz as suas vidas a puros reflexos.
Trópico de Cáncer [CI]
Eugenio Polgovsky
53’ México 2004
Na latitude do Trópico de Câncer, no deserto de San
Luis Potosi (México), várias famílias sobrevivem caçando animais,
que consomem e vendem à beira da auto-estrada.
[topo]
Terça 18
11h00, Pequeno Auditório
Era uma Vez um Arrastão [I]
de Diana Adringa, Mamadou Ba, Bruno Cabral, Joana Lucas,
Jorge Costa, Pedro Rodrigues
20’ Portugal 2005
10 de Junho, praia de Carcavelos. Muitos jovens juntam-se
ao sol. Há tensão e insultos. Depois chegará a polícia. Às 20h, as
televisões apresentam ao país o “arrastão”, um crime massivo, centenas
de assaltantes negros, em pleno Dia de Portugal. O noticiário torna-se
narrativa apaixonada de um país de insegurança e “gangs”, terror
e vigilância. A maré engole o desmentido policial da primeira versão
dos incidentes e vários testemunhos sobre uma “inventona”. O filme
passa em revista um crime que nunca existiu, a atitude dos media
perante uma história explosiva e as consequências políticas e sociais
de uma notícia falsa.
Operation Spring [I]
de Angelika Schuster, Tristan Sindelgruber
95’ Áustria 2005
Numa manhã de Maio de 1999, 850 polícias irromperam
por apartamentos e dormitórios de refugiados por toda a Áustria.
O nome de código para a incursão policial foi “Operação Primavera”.
Foi a maior operação policial no país desde 1945. No total, cerca
de 100 africanos foram detidos. Os media afirmaram que, graças à
primeira “grande operação de escuta”, as autoridades conseguiram
prender os chefes de uma organização nigeriana internacional de tráfico
de droga. Nos anos que se seguiram, o que se verificou foi a maior
acção legal dirigida contra africanos na Áustria. Quase todos os
acusados acabaram por ser condenados. O total das condenações ascendeu
a várias centenas de anos de prisão. O filme procura perceber se
os acusados tiveram alguma oportunidade de ter um julgamento justo.
14h30, Pequeno Auditório
Charleen [RM]
de Ross McElwee
59’ EUA 1978
Retrato de uma mulher natural da Carolina do Norte, Charleen
Swansea, protegida de Ezra Pound, poeta e professora inovadora em
escolas públicas. Um mês na sua vida atribulada e excêntrica.
Backyard [RM]
de Ross McElwee
40’ EUA 1984
Um olhar autobiográfico do realizador sobre a sua
relação com o pai e sobre o relacionamento da sua família com os
empregados negros que trabalharam para ela; um estudo sobre o subtil
desconforto subjacente à relação brancos/negros num quadro doméstico
da Carolina do Norte.
16h30, Pequeno Auditório
Mémoires d’Immigrès [HE]
de Yamina Benguigui
160’ França 1998
Numa série de comoventes retratos, Yamina Benguigui reconstitui as
memórias de imigração do Norte de África e re-desenha o itinerário
das famílias cujo destino está indissoluvelmente ligado a França.
Mémoires d'Immigrés está construído à volta de três episódios e de
três gerações: a primeira veio para França durante o próspero período
do pós-guerra; a segunda, reunida pelo programa de “reunificação
familiar” nos anos 70; e a terceira, a das crianças nascidas em França
e que consideram acima de tudo francesas.
18h30, Grande Auditório
A 15ª Pedra [P]
Rita Azevedo Gomes
74’ Portugal 2005
Dá-se a palavra a Manoel de Oliveira, enquanto realizador que atravessou
todo o século em que o próprio cinema nasceu, e a João Bénard da
Costa, o historiador, o crítico, o homem que dedicou toda a sua
vida à arte cinematográfica. Pertencendo a uma terceira geração,
Rita Azevedo Gomes assiste a uma longa relação pessoal entre os
dois, muito especial e testemunha duma relação humana rara.
21h00, Grande Auditório
Before the Flood [CI]
de Yan Yu e Li Yifan
143’ China 2005
A barragem das Três Gargantas na China, a maior jamais construída
no mundo, deverá estar terminada em 2009. Até lá, milhões de pessoas
terão que ser realojadas pois centenas de localidades e grandes
áreas de terreno ficarão submersas – tal como inúmeros monumentos
naturais e locais historicamente importantes. Entre estes encontra-se
Fengjie, cidade que ganhou fama por aí ter nascido Li Bai, um dos
mais importantes poetas da história da China. Yan Mo documenta
o processo de realojamento dos habitantes Fengjie em 2002, antes
da primeira fase de enchimento da barragem ter lugar – uma mudança
que afectou profundamente as vidas de muitas pessoas, causando-lhes
perturbação e perdas.
23h00, Pequeno Auditório
66 Seasons [HE]
de Peter Kerekes
86’ Eslováquia 2003
A piscina municipal de Kosice, onde a história se vem banhar. Através
de várias histórias passadas entre 1936 e 2002, o documentário
recupera 66 estações da popular piscina, e também o mesmo número
de anos na história da Europa Central e de Leste. Diferentes gerações
de banhistas sucedem-se uma após outra ao longo das décadas, à
medida que as suas histórias pessoais se misturam com a história
universal de uma maneira única.
[topo]
Quarta 19
14h30, Grande Auditório
Profils Paysans: le Quotidien [SE]
de Raymond Depardon
85’ França 2004
Segunda parte da trilogia “Profils Paysans”. Os distritos rurais
de Lozère, Ardèche e Alto Loire, localizados nas baixas montanhas
do centroda França, são tradicionalmente conhecidos pela sua agricultura.
Hoje, porém, impulsionado pelas directivas da União Europeia para
o sector, as quintas agrícolas familiares da região estão progressivamente
a ser transformadas em casas de campo de luxo, enquanto a agricultura
do país foi largamente monopolizada por grandes empresas. Os jovens
agricultuores que queiram estabelecer-se nesta zona são continuamente
confrontados com barreiras burocráticas e financeiras. Em “Profils
Paysans: le Quotidien”, Raymond Depardon presta tributo aos camponeses
e camponesas que, num tempo de mudança, persistem em manter um modo
de vida que de outra maneira seria esquecida.
16h30, Pequeno Auditório
Time Indefinite [RM]
de Ross McElwee
114’ EUA 1993
Recomeçando no mesmo ponto onde acabava o filme anterior, Sherman's
March, o realizador confronta-se com o amor, o casamento, a vida,
a morte e outros assuntos importantes.
18h30, Grande Auditório
Comer o Coração de Rui Chafes e Vera Mantero [P]
de Inês Oliveira
30’ Portugal 2005
Comer o Coração de Rui Chafes e Vera Mantero documenta a
peça “Comer o Coração” dos artistas Rui Chafes e Vera Mantero,
representação nacional portuguesa na 26ª Bienal de Artes de São
Paulo. A peça foi especialmente criada para esta exposição, onde
teve a sua estreia absoluta. Rui Chafes criou uma escultura de
9 metros de altura, em ferro pintado de negro. Vera Mantero criou
uma coreografia que ela própria interpreta, “na” escultura. Os
dois artistas consideram “Comer o Coração” uma autêntica criação
a dois, cujo resultado final não é simples de catalogar. Escultura?
Performance? Instalação?
Da Pele à Pedra [P]
de Pedro Sena Nunes
40’Portugal 2005
As montanhas verdes tentavam fugir dos fogos que ardiam
a terra. No ar abafado, uma brisa conduzia-nos para um trabalho
novo: explorar a Lavaria das Minas da Panasqueira abandonadas há
15 anos e integrar a realidade da população de mineiros. Uma aldeia
deserta esperava-nos, os olhos atentos de um ou dois habitantes
seguiam os nossos passos. Descemos no escuro a 450 metros para
conhecer mineiros. Ouvimos histórias e dançámos com elas. Um novo
trabalho nascia para além da pele.
21h00, Grande Auditório
Urgences, les Nuits des Villes [CI]
de Pierre Maillis-Laval
53’ França 2004
As equipas de emergência médica batem-se para reter a todo
o custo o sopro da vida. Uma presença discreta e incansável na noite
das cidades.
Documento Boxe [CI]
de Miguel Clara Vasconcelos
53’ Portugal 2005
Cinco situações que influenciam directamente a carreira do pugilista
profissional Jorge Pina. Conhecemos Mário, um pugilista amador, Casteli,
o presidente da associação de boxe, Vítor, o treinador, o próprio
Jorge Pina e Magalhães, o “manager”. A preparação nos balneários,
as pesagens dos atletas, o convívio, os treinos, os ginásios e todos
os elementos que rodeiam um combate pouco honesto.
23h00, Grande Auditório
Nous/Nihna [CI]
de Danielle Arbid
13’ França 2005
“O meu pai estava de partida. Filmei-o para ficar com um registo.
Estava preocupada que ele nunca mais fizesse parte dos meus pensamentos,
que eu perdesse toda a raiva contra ele e todas as memórias dele”.
Danielle Arbid
Avenge But One of My Two Eyes [CI]
de Avi Mograbi
104’ Israel/França 2005
A partir dos mitos de Sansão e Massada, os jovens israelistas aprendem
que a morte é preferível à dominação. Actualmente, com a segunda
Intifada no seu auge, os Palestinianos são constantemente humilhados
pelo exército israelita... À beira da exaustão, estas pessoas expressam
a sua raiva e o seu desespero – tal como os hebreus fizeram com os
romanos ou Sansão com os filisteus. O cineasta Avi Mograbi ainda
acredita no poder do diálogo, com os Palestinianos cercados, e com
os omnipresentes elementos do exército israelita.
[topo]
Quinta 20
11h00, Pequeno Auditório
The Ister [HE]
de David Barison e Daniel Ross
189’ Austrália 2004
The Ister é uma viagem de três mil quilómetros pelo coração da Europa,
da foz do rio Danúbio no Mar Negro até à sua nascente na Floresta
Negra alemã. O filme é baseado no trabalho do mais influente e controverso
filósofo do século XX, Martin Heidegger, que jurou fidelidade ao
Nacional Socialismo em 1933. Combinando uma vasta narrativa filosófica
com uma viagem épica pela maior via de comunicação fluvial europeia,
o filme convida o espectador a desvendar o extraordinário passado
e futuro do Ocidente.
14h30, Pequeno Auditório
The Box [CI]
de Eva Stefani
11’ Grécia 2004
Uma mulher idosa apaixona-se por um apresentador de televisão.
O filme é um curto monólogo da mulher dirigindo-se ao televisor.
Alimentation Générale [CI]
de Chantal Briet
84’ França 2005
Em Epinay-sur-Seine, num bairro chamado la Source, o pequeno
supermercado de Ali é a única loja ainda a funcionar no degradado
comércio local. É também o único sítio onde os abandonados habitantes
das torres residenciais se podem encontrar, um abrigo onde se juntam
e convivem. Filmando o tempo a passar, nos seus rostos, nos seus
destinos, esta crónica mostra a importância de um local como esse,
uma modesta loja no meio de um bairro social, na qual, apesar das
dificuldades e da pobreza, as pessoas ainda podem partilhar a amizade,
o riso e algum calor humano.
16h30, Pequeno Auditório
Mahaleo [SE]
de Raymond Rajaonarivelo, Cesar Paes e Marie-Clémence Paes
98’ França/Madagáscar 2005
Em Malgache, “Mahaleo” significa livre, independente. As
vozes e a música dos Mahaleo acompanharam o povo de Madagáscar
desde o colapso do regime colonial. No entanto, mesmo depois de
30 anos de sucesso, o grupo de sete músicos ainda se mantem distante
do mundo do entretenimento e permanece profundamente empenhado
em ajudar o desenvolvimento do seu país. As suas profissões vão
desde cirurgião a agricultor, de médico a sociólogo, e até um membro
do parlamento. Acompanhando os ritmos e as melodias do grupo, o
filme segue os cantores através das suas vidas quotidianas para
nos dar uma visão dos grandes problemas sociais e económicos que
afectam a população malgache.
18h30, Grande Auditório
Falta-me [P]
de Cláudia Varejão
20’ Portugal 2005
Na turbulência da vida urbana acontece-nos esquecer ou subestimar
coisas que nos fazem falta, ausências que nos suspendem, adiam ou
até que nos magoam. Este documentário pede a cerca de uma centena
de habitantes da área metropolitana de Lisboa que escrevam numa ardósia
o que mais lhes faz falta. São respostas de pessoas de vários extractos
sociais, de diferentes idades e com actividades diversificadas, que
acabam por compor um retrato íntimo da sociedade portuguesa contemporânea.
Bubbles – 40 anos à Procura de Sabe-se Lá o Quê [P]
de Helena Lopes e Paulo Nuno Lopes
60’ Portugal 2005
Helena e o Paulo andaram dez anos a perguntar às pessoas
se eram felizes. Interrogaram os estudantes de uma universidade
de elite na América e um pastor do Nepal que acreditava que a terra
é plana. E também monges na Índia à procura da iluminação, uma
mulher do Alentejo agarrada aos velhos tempos e pescadores de Aveiro
que riam à custa de fintar o mar... Depois o Paulo voltou para
os Estados Unidos para fazer um doutoramento sobre a felicidade.
Então encontraram quatro estudantes que se dedicavam a reinventar
a vida e que os deixaram a pensar o que é que tinham andado a fazer
estes anos todos. E foi assim que o Paulo e a Helena se viram obrigados
a voltar atrás no tempo e a tentar desaprender tudo o que a vida
lhes ensinou de errado. Em busca da iluminação, da criatividade
e do gozo pela vida.
21h00, Grande Auditório
Samagon [CI]
de Eugen Schlegel, Sebastian Heinzel
12’ Alemanha 2004
Algures numa remota aldeia na Bielorússia vive Babushka Vera.
Como todas as senhoras de idade, ela está por sua conta. Alimenta
os gansos, vai buscar água ao poço e destila uma bebida lendária.
Foi essa bebida que em tempos salvou toda a aldeia.
El Cielo Gira [CI]
de Mercedes Álvarez
115’ Espanha 2005
Aldealseñor (Castilla, Espanha), uma aldeia de catorze habitantes,
os últimos de uma geração com mil anos de história. Hoje a vida continua
mas em breve desaparecerá sem deixar vestígios. Os habitantes e o
pintor Pello Azketa partilham algo: o mundo evapora-se diante dos
seus olhos. A realizadora regressa à sua origem para testemunhar
esse desaparecimento.
23h00, Pequeno Auditório
Broadway, Black Sea [R]
de Vitali Manskij
79’ Rússia/Alemanha 2002
Refugiados das repúblicas do Cáucaso - arménios, azeris e russos
– encontram-se nas margens do Mar Negro. Trabalham como lojistas,
salva-vidas, animadores de karaoke ou então aproveitam as suas férias.
Tudo acontece num sítio chamado Broadway, que não vem em nenhum mapa,
nem mesmo nos mais detalhados. Os habitantes temporários de Broadway
constroem um mundo inteiro em miniatura, constituído por tendas,
carrinhos e cabines, ,montados perto uns dos outros e em filas improvisadas.
Este cenário – que é montado para durar apenas umas poucas semanas
durante o verão –fervilha de vida (e de modo algum representa o que
é a vida normal na Rússia.
[topo]
Sexta 21
11h00, Pequeno Auditório
2 Eyes Open [CI]
5’ Reino Unido 2005
de Mateo Willis
O que é que acontece verdadeiramente na estreia de um
filme com uma grande estrela? Uma multidão aglomera-se à espera
da chegada de uma vedeta e todos (público, televisões, seguranças)
esperam conseguir a melhor prespectiva. De repente, a estrela aparece
e torna-se no foco único de todos os olhares e motivo de agitação
generalizada. Ou de quase toda a gente. Um corpo é arrastado por
entre a multidão, coxeante e ameaçador.
Agbar [CI]
de Veronique Goel
10’ Suiça 2005
Esta é a história, em três partes, da Torre Agbar, em Barcelona,
desenhada por Jean Nouvel. O edifício de 144 metros de altura, constituído
por uma fachada circular de vidro e metal, foi recentemente inaugurado.
Que melhor comentário sobre uma obra tão dominante sobre a paisagem
circundante do que filmá-la para avaliar o seu impacto? O ponto de
partida da realizadora é radical e minimalista: quatro longos planos
fixos, que diminuem a presença imponente da Torre e a inserem na
densa paisagem urbana.
Bullets in the Hood: a Bed-Stuy Story [CI]
de Terrence Fisher, Daniel Howard
22’ EUA 2004
Quando o jovem Stansbury foi mortalmente atingido por um polícia
no bairro social de Brooklin onde vivia, a família e os amigos procuraram
maneiras de lidar com a dor. Enquanto alguém sugeria, “os polícias
estão à espera que nos revoltemos”, Terrence Fisher, o melhor amigo
de Stansbury, preferiu fazer algo diferente. Aos 19 anos, Fisher
pegou numa câmara de vídeo e, juntamente com outro amigo chegado,
Danny Howard, de 18 anos, documentou as horas e os dias de tensão
que se seguiram ao controverso incidente.
Behind the Fence [CI]
de Marcin Sauter
12’ Polónia 2005
“Uma das principais motivações para a realização deste filme
era a tentativa de regressar ao tempo da infância, às férias e ao
calor do Verão. Lembro-me dessas sensações, quando o número infinito
de detalhes importantes, coisas para descobrir, histórias a desvendar
e assuntos a pensar faziam que cada dia parecesse durar eternamente.”
Pepina [CI]
de Pablo Aguero
15’ Argentina 2004
Tinha 77 anos de idade quando a minha última filha nasceu.
Farewell 1999 [CI]
de Wu Ching - Yi
25’ Taiwan 2004
Quatro anos depois da morte da sua mãe, a realizadora
começa a procurar memórias dela na documentação do dia-a-dia que
ela deixou. Finalmente, percebe que o ano 1999, tal como a sua mãe,
é já passado e nunca mais regressará.
11h00, Grande Auditório
A Marcha dos Pinguins [SE]
de Luc Jacquet
85’ França 2005
Mesmo no local mais hostil da Terra, o amor encontra o seu caminho
Todos os Invernos, nos indomáveis desertos de gelo da Antártida,
bem longe no local mais inóspito ao cimo da Terra, tem lugar uma
viagem verdadeiramente extraordinária, efectuada da mesma forma
há milénios. Pinguins Imperadores, aos milhares, abandonam a segurança
das águas de azul cristalino onde habitam, e trepam para a superfície
gelada, para dar início à sua longa jornada para uma região tão
erma e tão extrema que não alberga nenhuma outra forma de vida,
nesta época do ano. Em fila indiana, os pinguins marcham cegos
pelas tempestades de neve, feridos pela força das rajadas de vento.
Resolutos, indómitos, levados pela irresistível necessidade de
se reproduzir, para assegurar a sobrevivência da espécie.
14h30, Pequeno Auditório
Workshop Primeiros Planos [SE]
Nesta sessão serão apresentados os resultados do workshop que
Alain Bergala, conceituado especialista do ensino do cinema em França,
esteve a realizar em Lisboa durante o festival com um conjunto de
jovens alunos de cinema. O objectivo desse workshop é o
de incentivar o olhar e a criação cinematográfica
na sua forma mais simples e essencial, através da realização
de filmes de um plano e de curta duração, retomando
o gesto original dos irmãos Lumière.
14h30, Grande Auditório
Sergei Eisenstein: Autobiography [R]
de Oleg Kovalov
90’ Rússia 1996
O filme é dedicado ao centenário do cinema e ao centenário do nascimento
de Sergei Eisenstein e é baseado nas memórias de Eisenstein. A
intriga do filme é uma longa viagem ao estrangeiro, começada por
Eisenstein em 1929. Vemos episódios transformados dos filmes de
Eisenstein e dos seus contemporâneos, assim como material de arquivo
raro com planos do próprio Eisenstein. Ouvimos apenas as reminiscências
de Eisenstein, por vezes extremamente pessoais. Tudo isto reflecte
o mundo interior do grande realizador durante os anos trágicos
das duas revoluções russas e do terror estalinista. Os acontecimentos
e as personalidades mostrados no filme sublinham o lugar especial
de Sergei Eisenstein na cultura do século XX.
16h30, Pequeno Auditório
Six O’Clock News [RM]
de Ross McElwee
90’ EUA 1996
O realizador atravessa de carro os Estados Unidos registando de
forma obsessiva no seu gravador de vídeo as histórias catastróficas
que alimentam os noticiários televisivos
regionais que vê nas várias comunidades por onde vai passando.
A partir daí, vai em busca das pessoas que viu nos noticiários
para delas fazer retratos mais pessoais e aprofundados. Uma meditação
sobre os media, a mortalidade e a teologia ao estilo americano.
16h30, Grande Auditório
Three Days and Never Again [R]
de Alexander Gutman
52’ Rússia/Finlândia 1998
Uma mãe perde pela primeira vez o filho quando ele é condenado
à morte por fuzilamento porque, quando estava a cumprir o serviço
militar no exército soviético, matou o seu comandante para salvar
a própria honra. Três anos depois desse veredicto, o presidente russo
comutou a pena de morte para prisão perpétua . A esperança regressou
para mãe e filho. Uma vez por ano, é permitido à mãe visitar o seu
filho na prisão. Mas as pessoas envelhecem. A mãe está reformada
e a sua pensão mal lhe chega para viver. Juntou todas as suas poupanças
e viajou até à prisão longínqua onde o seu filho está. Pela última
vez…
Para a mãe é como se fosse uma segunda condenação à morte. Ainda
por cima, uma nova lei foi aprovada que significa que também o Estado
a privou da oportunidade de ver o seu filho novamente.
Life in Peace [R]
de Antoine Cattin e Pavel Kostomarov
45’ Rússia 2004
A guerra decorre na Chechénia desde 11 Dezembro de
1994. A mulher de Sultan foi morta e a sua casa destruída. Com o
seu filho Apti, fugiu para a província russa, onde tenta recomeçar
a sua vida. Se o pai consegue manter a sua integridade até ao fim,
o que acontecerá ao seu filho, um jovem refugiado checheno em território
inimigo? Deve tornar-se amigo de um jovem russo que vai partir
para a guerra na Chechénia? Deve tentar integrar-se numa sociedadeque
lhe nega o futuro e o rejeita ou deve voltar para o seu país
devastado pela guerra?
18h30, Pequeno Auditório
Across
the Border [HE]
de Pawel Lozinski, Jan Gogola, Peter Kerekes,
Robert Lakatos e Biljana Cakic-Veselic
131’ Áustria 2004
Um retrato poliglota de ideias sobre fronteiras no princípio do séc. XXI. Numa
viagem em episódios de Norte para Sul, cinco realizadores – da Polónia, da República
Checa, da Eslováquia, da Hungria e da Eslovénia - apresentam as suas concepções
e visões de nação, de identidade e de Europa. Colocando a sua marca cinematográfica
pessoal em retratos multifacetados dos seus países, abrem um espaço para o encontro
com o desconhecido do lado. Uma viagem através de paisagens e mentalidades, numa
área que está a desaparecer, e ao mesmo tempo, a renascer – um sério, absurdo,
mágico, divertido e poético curso rápido sobre novos velhos vizinhos.
18h30, Grande Auditório
A
Conversa dos Outros [P]
de Constantino Martins e Nuno Lisboa
22’ Portugal 2005
Numa cabine telefónica em Portugal, emigrantes brasileiros
vêm repetir o mesmo gesto de ligação entre os dois lados do Atlântico.
No relato do quotidiano, escutamos o que dizem e suspeitamos
o que ouvem, num espaço indeterminado entre o público e o privado,
o individual e o colectivo.
Gosto
de Ti como És [P]
de Sílvia Firmino
57’ Portugal 2005
Uma família de Lisboa. Um bairro antigo e uma Marcha Popular:
a Marcha da Bica. Este documentário constrói-se na aproximação
a este sítio e a estas pessoas. Do sentido local do acontecimento
popular à dimensão universal do desejo de sucesso, das vivências
em comunidade e da procura da glória por mais efémera ou transitória
que seja. Ensaios, conversas em família, encontros à esquina
até à chegada do momento preparado ao longo de três meses: a
apresentação pública da Marcha e a sujeição à avaliação de um
júri. A expectativa e a crença na vitória crescem até de manhã
quando a notícia chega ao bairro.
21h00, Pequeno Auditório
Russian
Avant-Garde [R]
de Alexander Krivonos
52’ Dinamarca 1999
A colecção de pintura e artes gráficas do Museu Russo em S. Peterbursgo é conhecida
em todo o mundo. O filme conta a história da arte de vanguarda russa a partir
da revolução de 1917. É um relato do destino de Nikolai Punin, o teórico desse
movimento de avant-garde, que, durante um longo período, foi o responsável
pelo departamento do Museu Russo dedicado às novas tendências. Foi graças aos
seus esforços que os trabalhos de artistas de vanguarda (como, por exemplo,
Kasimir Malevich, Pavel Filonov e Vladimir Tatlin) sobreviveram à repressão
estalinista no depósito do museu.
The
House on the Island [R]
de Alexander Krivonos
26’ Rússia 1995
S. Petersburgo está localizada em 42 ilhas. Umas das maiores é a ilha Vasilyevsky.
Desde sempre que os artistas escolhem esta ilha para aí se alojarem. Qualquer
paisagem de S. Petersburgo pode ser tomada e enquadrada. É isso que torna tão
fácil para um artista encontrar uma “boa vista” em S. Petersburgo. Mas a ponta
da ilha de Vasilyevsky é um dos locais mais procurados pelos artistas. Três
gerações de uma família de artistas de S. Petersburgo (os Proshkiny) reproduziram
a cidade nos seus quadros ao longo de várias décadas – como se receassem que
a cidade pudesse desaparecer. Retrataram a cidade, completando-a pelo poder
da sua imaginação.
21h00, Grande Auditório
Diários
da Bósnia [HE]
de Joaquim Sapinho
82’ Portugal 2005
“Fui à Bósnia quando a guerra acabou, em 1996, e estavam a ser implementados
os acordos de Dayton. A Bósnia foi dividida em duas entidades, que separavam
os dois principais opositores do conflito: Os Bósnios Sérvios e os Bósnios
Muçulmanos. Dois anos depois, em 1998, voltei à Bósnia... O filme é o diário
destas duas viagens, em que me confronto com as memórias da guerra, com a morte,
com a destruição e com a sobrevivência das vítimas que não sabem como voltar
para casa.”
23h00, Pequeno Auditório
The Abandoned House [R]
de Lev Cherenstov
52’ Rússia 1992
Uma galeria de retratos da vida rural na Rússia contemporânea.
O realizador interessa-se pela coexistência entre camponeses autênticos
e os citadinos que chegam ao campo para escapar aos problemas urbanos
de hoje em dia, o que dá ao filme ao mesmo tempo uma grande dose
de humor e de tristeza.
Photographer [R]
de Alexander Kott
10’ Rússia 1997
A ocupação de toda uma vida de um homem idoso está a chegar
ao fim. Momentos congelados de todos os aspectos da vida foram
capturados pela sua câmara. Agora ele quer parar o tempo. Para
si próprio. Um documentário bem-humorado, intímo e poético.
23h00, Grande Auditório
Bright
Leaves [RM]
de Ross McElwee
107’ EUA 2003
Na Carolina do Norte produz-se mais tabaco que em qualquer outro estado norte-americano.
Este filme descreve uma viagem pelo campo social, económico e psicológico deste
estado, guiada por um realizador que daí é natural e cujo avô criou a famosa
marca de tabaco conhecida como Bull Durham. “Bright Leaves” é uma reflexão
subjectiva e autobiográfica sobre os cigarros e a sua conturbada herança para
o estado da Carolina do Norte. É sobre a perda e a preservação, o vício e a
negação. “Bright Leaves” explora a noção de herança – o que uma geração deixa
à seguinte – e como isto pode ser um assunto particularmente complicado sobretudo
quando falamos do Sul e do tabaco.
[topo]
Sábado 22
14h30, Grande Auditório
A
Decent Factory [I]
de Thomas Balmés
79’ França 2004
É possível ter lucros e ser ético? As questões éticas estão a tornar-se mais
graves para as empresas ocidentais à medida que estas mudam a sua produção
para países de mão de obra mais barata. “A Decent Factory” segue uma Investigadora
de Ética da Nokia na sua viagem até à China para visitar fornecedores de componentes
da empresa. Choques entre culturas, entre ética e lucro, tornam-se óbvios neste
novo documentário de Thomas Balmès. O filme dá a
ver o que acontece quando uma puritana nórdica sem experiência histórica do
colonialismo enfrenta as realidades da globalização através do seu próprio
trabalho.
16h30, Grande Auditório
The
Russell Tribunal [SE]
de Staffan Lamm
10’ Suécia 2003
Estocolmo, 1967. O Tribunal Russell, com participantes
como Jean-Paul Sartre, investiga os crimes dos Estados Unidos
da América no Vietnam. As vítimas são chamadas a depor. Hoje,
a partir de uma distância de mais de 35 anos, o realizador reflecte
sobre o material que filmou no tribunal, imagens que nunca tinham
sido mostradas.
Les
Artistes du Théâtre Brûlé [SE]
de Rithy Pahn
85’ França 2005
O Cambodja é a terra dos sonhos perdidos. Já não há cinema,
nem teatro, nem salas de espectáculo. As artes performativas
tradicionais estão a desaparecer, tornadas irrelevantes pela
televisão. Mas ainda há artistas. Depositários de uma tradição
que não podem manter por falta de instituições, de financiamento
bancário e de lugares para representarem, estão condenados à
miséria ou então a apresentar entretenimento folclórico para
turistas. A ideia que deu origem a este filme foi a de juntar
um grupo de actores à volta de um projecto que exemplifica a
realidade em que se vive no Cambodja: há algo dentro das pessoas
– a dignidade, a identidade – que está a desfazer-se, num processo
de perda da memória.
18h30, Pequeno Auditório
Alone [R]
de Dimitri Kabakov
48’ Rússia 1999
Todos os dias, à mesma hora, uma mulher idosa curvada com um carrinho de comprar
entra no mesmo comboio. Sai do comboio numa estação longínqua e começa a andar
através dos bosques. Ana Diomina é tão velha quanto o século. Enquanto seguimos
Ana Diomina através das ruas geladas, a sua história e a do século XX russo
vão sendo desenroladas perante os nossos olhos. Em comum têm uma história de
lealdade e de traição. O marido, oficial no Exército Vermelho, foi subitamente
preso no tempo de Estaline. Ana procurou durante quinze anos o marido pelos
meandros do sistema prisional. Um breve encontro com a jovem Czarina em 1915
e o seu próprio encarceramento por quatro meses em 1944 são alguns dos extraordinários
acontecimento que descobrimos nesta viagem pela história de uma mulher cheia
de força espiritual.
18h30, Grande Auditório
The
Three Rooms of Melancholia [SE]
de Pirjo Honkasalo
106’ Finlândia 2004
“The 3 Rooms of Melancholia” retrata a vulnerabilidade da mente de uma criança.
As personagens principais são um grupo de rapazes dos 9 aos 14 anos, cadetes
na Academia Militar de Kronstadt, uma mulher chamada Hadizhat Gataeva, que
salva crianças das ruínas da Tchechénia, e as crianças que vivem num campo
de refugiados do outro lado da fronteira, na Ingúchia. O cenário é o da interminável
guerra na Tchechenia.
21h30, Grande Auditório
Grizzly
Man
[Sessão de encerramento e de entrega de prémios]
de Werner Herzog
103’ EUA 2005
“Grizzly Man” explora a vida e a morte terrível de Timothy Treadwell, um especialista
amador em ursos grizzly e defensor da vida animal. O filme é uma fábula moral
sobre o relacionamento do homem moderno com a natureza selvagem e segue as
viagens de Treadwell pelo Alaska, onde ele viveu com esses ursos e aprendeu
a gostar deles. A cruzada de Treadwell pela defesa dos grizzlies foi tragicamente
interrompida quando ele e a sua namorada foram atacados e mortos por um urso
tresmalhado em Outubro de 2003.
[topo]
Domingo 23
16h30, Grande Auditório
FILMES PREMIADOS 1
18h30, Grande Auditório
FILMES PREMIADOS 2
21h00, Grande Auditório
FILMES PREMIADOS 3
[topo]
Todos dias, de 16 a 23
das 11h00 às 20h00,
Galeria de exposições da Culturgest
Programação Galeria 2
Em três salas da galeria de exposições da Culturgest decorrem
projecções contínuas, em vídeo, de obras que completam
a programação de duas secções e de uma iniciativa
pedagógica do doclisboa 2005. Na sala 1, é apresentado um conjunto
de filmes de Ross McElwee que se afastam da faceta autobiográfica mais
marcante do seu trabalho, completando-se assim a apresentação
integral da retrospectiva da sua obra. Na sala 2, um grupo de filmes e de reportagens
que prolongam alguns dos temas da secção Histórias da
Europa, designadamente a imigração (magrebina em Melilla, l’Europe
au Pied du Mur e da Turquia em The Unwanted) e a guerra na ex- Jugoslávia
(Srebrenica: Never Again? e o projecto Videoletters). Na sala 3, a apresentação
de Five, filme-instalação de Abbas Kiarostami constituído
por cincos longos planos-sequência, o qual se liga também com
a realização do Atelier Primeiros Planos durante o festival.
Entrada Livre
Sala 1 – Retrospectiva
Ross McElwee
Space Coast (1978,
90’)
Resident Exile – Portrait
of an Iranian in America (1981,
28’)
Something to Do with
the Wall (1990, 90’)
Kosuth (1997,
8’)
Curating (2002,
10’)
Sala 2 – Histórias
da Europa
Melilla,
l’Europe au Pied du Mur
(Arlette Girardot e Philippe Baqué, 54’, França, 2000)
Minúsculo enclave espanhol na costa mediterrânica de
Marrocos, Melilla vê afluir diariamente centenas de candidatos
à emigração.
The
Unwanted
(Adela Peeva, 52’, Bulgária, 2000)
Na Bulgária, perto da fronteira com a Turquia, duas comunidades
que viveram sempre juntas - os búlgaros e os turcos – são bruscamente
separadas.
VideoLetters
(coord: Rejger e Van den Broek, 45’, Holanda, 2004)
Antigos amigos, colegas ou vizinhos separados pela guerra
na ex-Jugoslávia trocam videocartas. Passo a passo, eles restabelecem
o que antes era uma relação chegada.
Srebrenica: Never Again?
(Leslie Woodhead, 52’, Reino Unido, 2005)
“Srebrenica: Never Again” segue as histórias de quatro pessoas
cujas vidas foram destruídas pelo massacre de Srebrenica de Julho
de 1995.
Sala 3 – Abbas
Kiarostami
Five
(Abbas Kiarostami, 73’, França/Irão, 2004)
O filme é construído em cinco partes, numa faixa da costa do
mar Cáspio. Cada parte é filmada de um ponto de vista que capta
o que se passa na praia. Meditativo, persistente e em sintonia com o ritmo
da natureza, Five desenrola-se languidamente permitindo aos espectadores a
liberdade de contemplar cada pormenor. “É como se recitasse um
poema que já foi escrito. Já tudo existe…Eu apenas observo”.
Tendo como subtítulo “Cinco Longos Planos dedicados a Yasujiro
Ozu”, Five assume-se como objecto exigente e transcendente de arte minimalista.
[topo]
Actividades Paralelas
Quarta 19
11h00, Grande Auditório
Masterclass com Alexander Krivonos [SE]
O realizador russo Alexander Krivonos é o autor de dois dos filmes apresentados
na secção Documentário Russo Pós-Soviético, The House on the Island e Russian
Avant-Garde respectivamente. Alexander Krivonos, em colaboração com Sergey
Dubrovskij, criou a produtora Quadrat Film em 1995. Ao contrário da maior parte
dos seus colegas, estes insistiram em fazer os seus filmes em vídeo e não em
película de 35 mm, procurando temas no mundo da arte. “Russian Avantgarde”
(uma co-produção dinamarquesa e russa) tornou-se o seu filme mais conhecido
internacionalmente, depois de vários outros filmes sobre arte – sobre Malevich,
sobre Repin, sobre artistas a viver na The House on the Island (A Casa na Ilha)
e sobre outros assuntos, frequentemente relacionados com o Museu Russo em São
Petersburgo.
Sábado 22
16h30, Pequeno Auditório
Masterclass com Ross McElwee [SE]
A fechar a retrospectiva completa da obra que o doclisboa dedica ao realizador
americano, uma aula de cinema em que Ross McElwee (que além de cineasta é também
de efectivamente professor de cinema em Harvard) falará dos seus filmes
e da sua abordagem singular do documentário na primeira pessoa e de
como isso se ligou à sua formação com dois mestres da
escola americana do cinema directo (Richard Leacock e Frederick Wiseman).
Outras:
Sessões Escolares
No intuito de formar novos públicos para o documentário, o festival
apresenta programas especiais dirigidos a públicos escolares. Estas
sessões são gratuitas para grupos organizados (no mínimo
10 alunos) mediante marcação prévia.
Informações e Marcações: telefone 21 887 16 39
- telemóvel 93 870 16 87
anacristina@doclisboa.org e luísa@doclisboa.org
Todos os dias
das 11h00 às 21h00
Videoteca
Par além dos filmes exibidos nos dois auditórios e na
Galeria 2, o público do festival poderá visionar um conjunto
de cerca de 600 filmes (longas e curtas-metragens) enviados para a selecção
do doclisboa. A sala da videoteca situa-se em frente do Grande Auditório
e o seu acesso é livre no limite dos postos de visionamento disponíveis.
Alguns dos postos de
visionamento são reservados exclusivamente a profissionais acreditados
no festival.
das 14h00 às 23h00,
Grande Auditório
Fórum / Encontros e Debates – Bar
Jameson
Espaço situado junto ao Grande Auditório e ponto de encontro
dos realizadores com o público, no Fórum decorrem ao longo do
festival encontros, debates e conversas com os realizadores portugueses e estrangeiros
presentes no doclisboa.
Bar da Discoteca Lux
After Docs – Bar Lux
Traveling
Instalação vídeo de Rui Simões Bar do Lux para 14 projectores
Travelling entre o Ocidente e o Oriente, INDIA E FLANDRES.
Salpicos de atmosferas em seda pura com bailarina e palavras de encontros e
desencontros sobre paisagens.
2005.
[topo]
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