SECÇÕES

[CI] Competição Internacional
Selecção de filmes (longas e curtas-metragens), de 2004 e 2005, de todo o mundo.
[P] Para Onde Vai o Documentário Português?
Selecção competitiva da produção e da realização nacional mais recente.
[I] Investigações
Selecção de filmes de todo o mundo, ligados a questões de actualidade.
[HE] Histórias da Europa: Nacionalismos, Identidades e Fronteiras
Conjunto de filmes que permitem um melhor conhecimento e reflexão sobre três temas que marcam o presente e o futuro da Europa. Secção comissariada por Augusto M. Seabra.
[R] Documentário Russo Pós-Soviético
Mostra dos últimos 10 anos da produção de documentário russo. Secção comissariada por Tue Steen Müller.
[RM] Retrospectiva Ross McElwee
Inauguramos uma nova secção da programação, a apresentação do trabalho de um autor maior do documentário internacional ainda insuficientemente divulgado em Portugal. O doclisboa fará a mais completa apresentação dos filmes do realizador americano Ross McElwee até agora realizada na Europa e editará uma brochura com textos críticos sobre essa obra.
[SE] Sessões Especiais
Conjunto de filmes extra-competição. Alguns deles, tendo já assegurada a sua distribuição em Portugal, serão exibidos no doclisboa, em antestreia nacional. Serão também realizadas duas masterclasses, uma com o realizador americano Ross McElwee e outra com o realizador russo Alexander Krivonos, autor de dois dos filmes apresentados na secção Documentário Russo Pós-Soviético, The House on the Island e Russian Avant-Garde respectivamente. As duas masterclasses, com tradução simultânea em português, têm entrada livre mediante o levantamento de um bilhete.


PROGRAMA

15 | 16 | 17 | 18 | 19 | 20 | 21 | 22 | 23

Programação - Galeria 2

Programação - Actividades Paralelas

[programa em PDF]


Sábado 15

18h00, Grande Auditório
Rize [Sessão de abertura]
de David LaChapell
86’ EUA 2005
“Rize” revela um inovador fenómeno de dança que apareceu nas ruas de South Central, em Los Angeles. Beneficiando de acesso ilimitado, o documentário mostra pela primeira vez uma forma artística revolucionária nascida da opressão. Essa dança agressiva e espectacular moderniza gestos e passos inspirados nos rituais tribais africanos e acrescenta-lhes movimentos atléticos aceleradíssimos. “Rize” acompanha a fascinante evolução da dança: conhecemos Tommy Johnson (Tommy the Clown, o Palhaço), que primeiro criou o estilo como resposta aos motins de Rodney King em 1992 e o baptizou de clowning, assim como os miúdos que desenvolveram o movimento e lhe chamaram Krumping. Eles usam a dança como uma alternativa aos gangs e à violência.

21h00, Pequeno Auditório
Liberia: an Uncivil War [I]
de Jonathan Stack
102’ EUA 2004

O verão de 2003 na Libéria foi infernal: dois exércitos travam a última batalha de uma guerra civil que dura há 15 anos, cercando a capital, enquanto milhares morrem devido ao rebentamento de morteiros lançados de longe. Os soldados, na sua maioria adolescentes, enfrentam-se numa sangrenta batalha urbana enquanto o país reza pela chegada de forças americanas que ponham fim à violência. A Libéria, um país fundado por escravos americanos emancipados, tem uma longa história que se cruza com a da América. O filme apresenta a complexidade dos vários níveis do conflito liberiano e chama a atenção para o falhanço moral da resposta dos Estados Unidos ao crescimento de uma crise humanitária.

21h00 Grande Auditório
Sereias [CI]
de Dina Campos Lopes
70’ Portugal 2005
Convidada por organizações portuguesas, Rebecca Gomperts leva a cabo uma acção de intervenção pró-escolha em Portugal. Directora da organização Women on Waves, activista pela causa do aborto, continua a gerar polémica em torno das suas acções, já que as mesmas rasgam fronteiras nacionais e questionam modelos pré-estabelecidos de intervenção na vida pública. O “barco do aborto”, como é conhecido pelos media, resgata do direito marítimo internacional a possibilidade de transportar uma clínica ginecológica, devidamente equipada, até às mulheres que por imposição de leis proibitivas no seu país recorrem ao aborto ilegal. Em águas internacionais o barco assume o direito da bandeira do pais de origem, a Holanda. Depois de visitar a Irlanda e a Polónia, o barco navega para águas Portuguesas.

23h00 Pequeno Auditório
Massaker [I]
de Monika Borgmann, Lokman Slim, Hermann Theissen
98’ Alemanha 2004

Vinte anos decorridos sobre o massacre de Sabra e Shatila durante a guerra civil libanesa, os realizadores procuram compreender o que levou pessoas “normais” a cometertais actos de violência e atrocidades. Seis homens das milícias envolvidas são entrevistados: seis carrascos, cada um com a sua personalidade e história de vida que, obedecendo a ordens mas de sua livre vontade, participaram no massacre. O local fechado das entrevistas é uma escolha radical que os faz aparecer como figuras fantasmagóricas. “Massaker” não é a paródia de um julgamento nem uma tentativa de psicoterapia. Deve antes ser entendido como uma análise psicopolítica.

23h00, Grande Auditório
Cell Stories [CI]
de Ed Lachman
10’ EUA 2004

O primeiro documentário filmado inteiramente com a função
de vídeo-gravação do telemóvel. Quatro brevíssimos
filmes em que pessoas contam histórias envolvendo os seus telemóveis. A imagem é dividida em seis segmentos, que estilhaçam o narrador e visualizam o que é contado.

Following Sean
[CI]
de Ralph Arlyck
88’ EUA 2004
O realizador Ralph Arlyck conheceu Sean quando estudava em São Francisco, em meados dos anos 60. A cidade fervilhava com os acontecimentos da revolução cultural que se vivia nos EUA: a principal Universidade da cidade invadida pela polícia de choque, os bairros boémios cheios de vagabundos e idealistas e, no terceiro andar do prédio de Arlyck, um apartamento onde qualquer um era bem-vindo. Era do último andar desta comuna que o precoce Sean de quatro anos descia para visitar e falar com Arlyck – e um dia o realizador ligou a câmara. Trinta anos, três gerações e uma vida inteira depois, Arlyck voltou a São Francisco em busca do adulto em que Sean se tornou.

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Domingo 16

14h30, Pequeno Auditório
Wednesday [R]
de Victor Kossakovski
93’ Rússia 1997

Quarta-feira, 19 de Julho de 1961. É Verão e os jornais estão cheios dos artigos habituais. O mundo está profundamente mergulhado na Guerra Fria. 51 meninas e 51 meninos nascem nesse dia em Leninegrado. Um deles é o realizador Viktor Kossakovsky. São Petersburgo, 1995. A cidade tem novamente o nome do seu fundador. Esta pequena diferença reflecte as enormes alterações políticas ocorridas desde que aquelas 101 crianças nasceram. O que será feito delas? Como evoluíram as suas vidas desde 19 de Julho de 1961? Será que essa data as amarrou a um destino partilhado ou será que nada têm em comum? Partindo apenas destas interrogações, Kossakovsky pega na sua câmara e leva a cabo o gigantesco desafio de localizar essas cem outras pessoas que têm a mesma data de nascimento que ele.

14h30, Grande Auditório
Srebrenica: a Cry from the Grave [HE]
de Leslie Woodhead
104’ Reino Unido 1999

Srebrenica, Bósnia. A primeira Área de Segurança criada pelas Nações Unidas foi o local do pior caso de genocídio ocorrido na Europa desde a Segunda Guerra Mundial. Em Julho de 1995, o exército bósnio sérvio apoderou-se brutalmente do controlo da pacata cidade e da região envolvente. Num período de cinco dias, os soldados bósnio-sérvios separaram famílias muçulmanas e assassinaram mais de sete mil homens e rapazes nos campos, escolas e armazéns.

16h30, Pequeno Auditório
Un Dragon dans les Eaux Pures du Caucase [I]
de Nino Kirtadzé
90’ França 2005

A pequena aldeia de Sakiré está a testemunhar os dias mais intensos da sua história. Um gigantesco oleoduto da BP irá perturbar o sossego e o ar puro desta pacata aldeia do Cáucaso… O filme é uma comédia humana com uma dimensão universal, um conto de fadas moderno, entrelaçando de uma maneira única a realidade local com uma dimensão global. É uma parábola da globalização: as comunidades pequenas, de qualquer outro país, ligadas às suas raízes e costumes poderiam experimentar os mesmos sentimentos se fossem
confrontadas com decisões vindas de países mais poderosos e distantes.

16h30, Grande Auditório
Shape of the Moon [CI]
de Leonard Retel Helmrich
92’ Holanda 2004

Shape of the Moon segue o percurso de uma família indonésia através das marcadas contradições do país: entre o meio urbano e rural, entre muçulmanos e cristãos, entre as antigas tradições e um mundo novo. A católica e viúva Rumidja é a âncora do filme nas suas tentativas de adaptação à recente conversão do seu filho ao Islão. Com a cidade de Jacarta num clima de crescente violência e alguns dos seus cidadãos cada vez mais fundamentalistas, Rumidja sonha em escapar para a sua Java natal, mas sabe que as aldeias de lá pouco podem oferecer a si e à sua pequena neta.

18h30, Pequeno Auditório
D’Est [HE]
de Chantal Ackerman
107’ França 1993

Sem diálogos ou comentário, Chantal Akerman criou um revelador “documentário a aproximar-se da ficção”, no qual a sua câmara atravessa os lugares, as pessoas e as paisagens encontrados numa viagem começada no fim do Verão na Alemanha de Leste, continuada através da Polónia, e acabada finalmente em pleno Inverno moscovita. Numa tentativa de capturar, “enquanto ainda há tempo”, o que vai desaparecer de países em profunda transformação, “D'Est” leva-nos através de um mundo de símbolos decadentes e onde as pessoas continuam a lutar pela sobrevivência.

18h30, Grande Auditório
A Luz da Ria Formosa [P]
de João Botelho
52’ Portugal 2005

Deambulando pelas ruínas romanas de Milreu, por entre restos de mosaicos magníficos, uma mãe (a actriz Susana Borges) prepara o filho para a vida, prepara o filho para a viagem, aproveitando os conselhos do “estóico” Séneca, tão sábio e tão asceta, que o déspota e louco Nero, de que Séneca era conselheiro, incomodado com tanto saber e tanto desprendimento lhe “ordenou” o suicídio. “A leitura alimenta a inteligência...”. Ver e ouvir, também. Então, vamos acompanhar mãe e filho, por vezes juntos, por vezes separados, numa viagem por um pedaço de terra, de ria e de mar, pedaço que se diz protegido (?), pouco mais de 40Km de um sistema lagunar, único, vibrante e magnífico, onde a luz decide tudo. “Essa luz animal que estremece e vibra como as asas de uma cigarra” disse Raul Brandão, essa luz matéria, origem de toda a vida e de todo e qualquer pensamento, digo eu.

21h00 Pequeno Auditório
Prisonniers de Beckett [I]
de Michka Saal
90’ França 2005

A história do encontro entre dois mundos separados. O mundo da poesia e da liberdade e o mundo da escuridão onde a liberdade é desconhecida. Esta história começa numa prisão de alta segurança na Suécia, na qual um jovem actor decide encenar “À Espera de Godot”, de Samuel Beckett, com cinco prisioneiros nos papéis principais. Os ensaios e a representação têm uma autenticidade única. O próprio Becket é tocado pela verdade do seu trabalho e cede os direitos da peça. A partir daí uma loucura contagiosa toma conta de todos: o director da prisão acha que os prisioneiros devem representar num teatro a sério e pede às autoridades suecas para que seja autorizada a estreia pública. Pela primeira vez na história da prisão, cinco prisioneiros saem para representar perante o mundo livre, num teatro de Gotemburgo.

21h00, Grande Auditório
Fiat Lux [P]
de Luís Alves de Matos
16’ Portugal 2005
Num lugar perto de Tondela, uma pequena comunidade esperou 25 anos pela instalação da luz eléctrica. E cinco anos mais tarde a luz chegou.

 

Retrato [P]
de Carlos Ruiz Carmona
83’ Portugal/Espanha 2004

Fotografias de família, memórias, paisagens e cenas da vida quotidiana, constituem o retrato de uma forma de viver, de uma atitude perante a vida. Retrato de uma geração onde o casamento era “até que a morte nos separe”, e de uma época de miséria e opressão marcada pela herança da Guerra Civil Espanhola. Retrato do homem e da mulher, do pai, da mãe e do filho, das suas preocupações, das suas esperanças, sonhos, vivências e sentimentos. Retrato da identidade, da origem, da memória, da vida como um puzzle por decifrar. Um Retrato, às vezes confuso, desfocado, meio apagado, como recordações
onde questionamos o passado, o presente e o futuro, no continuo debate da própria vida. Damos muitas voltas mas há questões que permanecem: afinal, quem somos? E porque somos assim?

23h00, Pequeno Auditório
Bread Day [R]
de Sergei Dvortsevoi
53 ‘ Rússia 1998
A 80 km de São Petersburgo fica um posto de trabalhadores semi-abandonado onde apenas uma meia dúzia de pessoas idosas permanecem. A comida chega ali uma vez por semana. Os velhos habitantes podem comprar pão apenas uma vez por semana e a uma hora fixa: é o Dia do Pão.

In the Dark [R]
de Sergei Dvortsevoi
40 ‘ Finlândia 2004
Moscovo. Um bairro densamente povoado nos arrabaldes. Um homem de 80 anos perdeu a luz dos olhos. Vive num pequeno apartamento com um gato branco. O homem quer sentir-se útil e faz sacos de compras de rede. O gato está sempre a arranjar confusão: todos os dias há uma luta contínua entre os dois. Mas o gato é o único amigo do homem, para além de ser seu inimigo. O homem ouve os sons das ruas de Moscovo, que lhe chegam pela janela. Também sai e tentar dar às pessoas os sacos que faz, sem pedir nada em troca. Ninguém os quer, pois todos têm sacos de plástico.

23h00, Grande Auditório
Darwin’s Nightmare [SE]
de Hubert Sauper
107 ‘ França/Áustria 2004

“Darwin's Nightmare” é um conto sobre o ser humano, entre o Norte e o Sul, sobre a globalização e sobre peixes. Nos anos 60, no coração de África, um novo animal foi introduzido no lago Victória como parte de uma pequena experiência científica. A Perca do Nilo, predador voraz, erradicou a maioria das espécies de peixe nativas do lago. Ao mesmo tempo, multiplicou-se com enorme rapidez e os seus filetes brancos são actualmente exportados para todo o mundo. Enormes aviões de carga ex-soviéticos aterram diariamente na região para recolher a mais recente pescaria em troca do transporte de kalashnikovs e munições para as incontáveis guerras em curso no centro do continente africano. Os florescentes negócios de peixe e armamento criaram uma aliança globalizada impiedosa nas margens do maior lago tropical do mundo.

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Segunda 17

11h00, Pequeno Auditório
Occupation: Dreamland [I]
de Garrett Scott, Ian Olds
78’ EUA 2005

“Occupation: Dreamland” é um retrato melancólico dos militares da 82ª Divisão Aéreotransportada do Exército dos Estados Unidos, estacionados na cidade maldita de Falluja, no Iraque, durante o Inverno de 2004. Um estudo colectivo do pelotão vai-se desenrolando à medida que os soldados lidam com um ambiente de conflitualidade latente e a confusão crescente para anunciar a proximidade da catástrofe. Através das actividades do pelotão, “Occupation: Dreamland” permite um vislumbre esclarecedor sobre os últimos dias de Falluja antes da série de ataques empreendidos na Primavera de 2004 que acabará por destruir a cidade. O resultado é um olhar revelador e, por vezes, surpreendente da vida militar, das operações de guerra e da complexidade desta guerra americana no século XXI.

14h30, Pequeno Auditório
The Bridge [HE]
de Ileana Stanculescu
75’ Roménia 2004

Uma velha ponte entre uma cidade romena e uma ucraniana está a ser reconstruída com o apoio financeiro da União Europeia. A ponte sobre o rio Tisa foi destruída durante a II Guerra Mundial e o rio tornou-se na fronteira entre a Roménia e a União Soviética. Essa fronteira separou durante quase 50 anos membros da mesma família, amigos e vizinhos. A reconstrução da ponte está terminada, mas a ninguém é permitido atravessá-la. Uma das razões é a do alargamento da União Europeia. A Roménia quer tornar-se num membro da União em 2007 e para isso tem que manter fechadas as fronteiras com a Ucrânia.

16h30, Pequeno Auditório
Meet Me in the Rothko Room [CI]
de Rob John
18’ Reino Unido 2004
Filmado durante cinco dias na Tate Modern, este filme é em primeiro lugar um comentário social que permite ao espectador observar os observadores dos quadros. O acréscimo de uma narrativa através de um vasto leque de personagens e dos comentários gravados produzidos pelo próprio museu ajudam a dar vida aos quadros e à figura de Mark Rothko junto das pessoas familiarizadas ou não com o seu trabalho. Finalmente, a voz do realizador acrescenta um elemento pessoal, levando os espectadores numa viagem de descoberta.

By the Ways (A Journey with William Eggleston) [CI]
de Vincent Gérard e Cédric Laty
90’ França 2005
Uma viagem com William Eggleston. Uma viagem pelo do sul dos Estados Unidos, a terra-natal de William Eggleston: o “pai da fotografia a cores”. Nos últimos 40 anos, Eggleston fotografa esta terra árida, com o intuíto de fazer História. Um visionário? O fotógrafo, fazendo o seu próprio papel, esquiva-se à revelação da sua personalidade. Dessa forma, o seu silêncio persistente desafia cada verdade revelada. O filme é continuamente sugado para um jogo entre a sua própria ficção e a verdade. As fotografias de Eggleston como ruínas de uma civilização longínqua?

18h30, Grande Auditório
Natureza Morta [P]
de Susana de Sousa Dias
72’ Portugal 2005

Dentro de uma imagem esconde-se sempre outra imagem. Utilizando apenas filmagens de arquivo e sem recorrer a palavras, “Natureza Morta” pretende redescobrir e penetrar na opacidade das imagens captadas durante os 48 anos da ditadura portuguesa (actualidades, reportagens de guerra, documentários de propaganda, fotografias de prisioneiros políticos, mas também rushes nunca utilizados nas montagens finais), permitindo a sua reabertura a diferentes leituras.

21h00, Grande Auditório
Sherman’s March [RM]
de Ross McElwee
155’ EUA 1986

Ross McElwee prepara-se para fazer um documentário sobre os vestígios da marcha destruidora do General Sherman pelo Sul dos Estados Unidos durante a Guerra Civil americana, mas é constantemente desviado do seu tema pelas mulheres que entram e saem da sua vida, por pesadelos recorrentes com o holocausto nuclear e pela figura de Burt Reynolds. Um documentário autobiográfico sobre a vida, o amor, o medo nuclear e as várias neuroses do General William Sherman.

23h00, Pequeno Auditório
Fabrika [CI]
de Sergei Loznitsa
30’ Rússia 2004
Um dia é como toda a vida. Um dia numa fábrica. Uma siderurgia. O ser humano como parte da maquinaria do mundo ou o mundo maquinal como parte do ser humano. O metal produzido pelas pessoas escraviza-as e reduz as suas vidas a puros reflexos.

 

Trópico de Cáncer [CI]
Eugenio Polgovsky
53’ México 2004
Na latitude do Trópico de Câncer, no deserto de San Luis Potosi (México), várias famílias sobrevivem caçando animais, que consomem e vendem à beira da auto-estrada.

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Terça 18

11h00, Pequeno Auditório
Era uma Vez um Arrastão [I]
de Diana Adringa, Mamadou Ba, Bruno Cabral, Joana Lucas,
Jorge Costa, Pedro Rodrigues
20’ Portugal 2005
10 de Junho, praia de Carcavelos. Muitos jovens juntam-se ao sol. Há tensão e insultos. Depois chegará a polícia. Às 20h, as televisões apresentam ao país o “arrastão”, um crime massivo, centenas de assaltantes negros, em pleno Dia de Portugal. O noticiário torna-se narrativa apaixonada de um país de insegurança e “gangs”, terror e vigilância. A maré engole o desmentido policial da primeira versão dos incidentes e vários testemunhos sobre uma “inventona”. O filme passa em revista um crime que nunca existiu, a atitude dos media perante uma história explosiva e as consequências políticas e sociais de uma notícia falsa.

Operation Spring [I]
de Angelika Schuster, Tristan Sindelgruber
95’ Áustria 2005
Numa manhã de Maio de 1999, 850 polícias irromperam por apartamentos e dormitórios de refugiados por toda a Áustria. O nome de código para a incursão policial foi “Operação Primavera”. Foi a maior operação policial no país desde 1945. No total, cerca de 100 africanos foram detidos. Os media afirmaram que, graças à primeira “grande operação de escuta”, as autoridades conseguiram prender os chefes de uma organização nigeriana internacional de tráfico de droga. Nos anos que se seguiram, o que se verificou foi a maior acção legal dirigida contra africanos na Áustria. Quase todos os acusados acabaram por ser condenados. O total das condenações ascendeu a várias centenas de anos de prisão. O filme procura perceber se os acusados tiveram alguma oportunidade de ter um julgamento justo.

14h30, Pequeno Auditório
Charleen [RM]
de Ross McElwee
59’ EUA 1978
Retrato de uma mulher natural da Carolina do Norte, Charleen Swansea, protegida de Ezra Pound, poeta e professora inovadora em escolas públicas. Um mês na sua vida atribulada e excêntrica.

Backyard [RM]
de Ross McElwee
40’ EUA 1984
Um olhar autobiográfico do realizador sobre a sua relação com o pai e sobre o relacionamento da sua família com os empregados negros que trabalharam para ela; um estudo sobre o subtil desconforto subjacente à relação brancos/negros num quadro doméstico da Carolina do Norte.

16h30, Pequeno Auditório
Mémoires d’Immigrès [HE]
de Yamina Benguigui
160’ França 1998

Numa série de comoventes retratos, Yamina Benguigui reconstitui as memórias de imigração do Norte de África e re-desenha o itinerário das famílias cujo destino está indissoluvelmente ligado a França. Mémoires d'Immigrés está construído à volta de três episódios e de três gerações: a primeira veio para França durante o próspero período do pós-guerra; a segunda, reunida pelo programa de “reunificação familiar” nos anos 70; e a terceira, a das crianças nascidas em França e que consideram acima de tudo francesas.

18h30, Grande Auditório
A 15ª Pedra [P]
Rita Azevedo Gomes
74’ Portugal 2005

Dá-se a palavra a Manoel de Oliveira, enquanto realizador que atravessou todo o século em que o próprio cinema nasceu, e a João Bénard da Costa, o historiador, o crítico, o homem que dedicou toda a sua vida à arte cinematográfica. Pertencendo a uma terceira geração, Rita Azevedo Gomes assiste a uma longa relação pessoal entre os dois, muito especial e testemunha duma relação humana rara.

21h00, Grande Auditório
Before the Flood [CI]
de Yan Yu e Li Yifan
143’ China 2005

A barragem das Três Gargantas na China, a maior jamais construída no mundo, deverá estar terminada em 2009. Até lá, milhões de pessoas terão que ser realojadas pois centenas de localidades e grandes áreas de terreno ficarão submersas – tal como inúmeros monumentos naturais e locais historicamente importantes. Entre estes encontra-se Fengjie, cidade que ganhou fama por aí ter nascido Li Bai, um dos mais importantes poetas da história da China. Yan Mo documenta o processo de realojamento dos habitantes Fengjie em 2002, antes da primeira fase de enchimento da barragem ter lugar – uma mudança que afectou profundamente as vidas de muitas pessoas, causando-lhes perturbação e perdas.

23h00, Pequeno Auditório
66 Seasons [HE]
de Peter Kerekes
86’ Eslováquia 2003

A piscina municipal de Kosice, onde a história se vem banhar. Através de várias histórias passadas entre 1936 e 2002, o documentário recupera 66 estações da popular piscina, e também o mesmo número de anos na história da Europa Central e de Leste. Diferentes gerações de banhistas sucedem-se uma após outra ao longo das décadas, à medida que as suas histórias pessoais se misturam com a história universal de uma maneira única.

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Quarta 19

14h30, Grande Auditório
Profils Paysans: le Quotidien [SE]
de Raymond Depardon
85’ França 2004

Segunda parte da trilogia “Profils Paysans”. Os distritos rurais de Lozère, Ardèche e Alto Loire, localizados nas baixas montanhas do centroda França, são tradicionalmente conhecidos pela sua agricultura. Hoje, porém, impulsionado pelas directivas da União Europeia para o sector, as quintas agrícolas familiares da região estão progressivamente a ser transformadas em casas de campo de luxo, enquanto a agricultura do país foi largamente monopolizada por grandes empresas. Os jovens agricultuores que queiram estabelecer-se nesta zona são continuamente confrontados com barreiras burocráticas e financeiras. Em “Profils Paysans: le Quotidien”, Raymond Depardon presta tributo aos camponeses e camponesas que, num tempo de mudança, persistem em manter um modo de vida que de outra maneira seria esquecida.

16h30, Pequeno Auditório
Time Indefinite [RM]
de Ross McElwee
114’ EUA 1993

Recomeçando no mesmo ponto onde acabava o filme anterior, Sherman's March, o realizador confronta-se com o amor, o casamento, a vida, a morte e outros assuntos importantes.

18h30, Grande Auditório
Comer o Coração de Rui Chafes e Vera Mantero [P]
de Inês Oliveira
30’ Portugal 2005
Comer o Coração de Rui Chafes e Vera Mantero documenta a peça “Comer o Coração” dos artistas Rui Chafes e Vera Mantero, representação nacional portuguesa na 26ª Bienal de Artes de São Paulo. A peça foi especialmente criada para esta exposição, onde teve a sua estreia absoluta. Rui Chafes criou uma escultura de 9 metros de altura, em ferro pintado de negro. Vera Mantero criou uma coreografia que ela própria interpreta, “na” escultura. Os dois artistas consideram “Comer o Coração” uma autêntica criação a dois, cujo resultado final não é simples de catalogar. Escultura? Performance? Instalação?

Da Pele à Pedra [P]
de Pedro Sena Nunes
40’Portugal 2005
As montanhas verdes tentavam fugir dos fogos que ardiam a terra. No ar abafado, uma brisa conduzia-nos para um trabalho novo: explorar a Lavaria das Minas da Panasqueira abandonadas há 15 anos e integrar a realidade da população de mineiros. Uma aldeia deserta esperava-nos, os olhos atentos de um ou dois habitantes seguiam os nossos passos. Descemos no escuro a 450 metros para conhecer mineiros. Ouvimos histórias e dançámos com elas. Um novo trabalho nascia para além da pele.

21h00, Grande Auditório
Urgences, les Nuits des Villes [CI]
de Pierre Maillis-Laval
53’ França 2004
As equipas de emergência médica batem-se para reter a todo o custo o sopro da vida. Uma presença discreta e incansável na noite das cidades.

Documento Boxe [CI]
de Miguel Clara Vasconcelos
53’ Portugal 2005
Cinco situações que influenciam directamente a carreira do pugilista profissional Jorge Pina. Conhecemos Mário, um pugilista amador, Casteli, o presidente da associação de boxe, Vítor, o treinador, o próprio Jorge Pina e Magalhães, o “manager”. A preparação nos balneários, as pesagens dos atletas, o convívio, os treinos, os ginásios e todos os elementos que rodeiam um combate pouco honesto.

23h00, Grande Auditório
Nous/Nihna [CI]
de Danielle Arbid
13’ França 2005
“O meu pai estava de partida. Filmei-o para ficar com um registo. Estava preocupada que ele nunca mais fizesse parte dos meus pensamentos, que eu perdesse toda a raiva contra ele e todas as memórias dele”.
Danielle Arbid

Avenge But One of My Two Eyes [CI]
de Avi Mograbi
104’ Israel/França 2005
A partir dos mitos de Sansão e Massada, os jovens israelistas aprendem que a morte é preferível à dominação. Actualmente, com a segunda Intifada no seu auge, os Palestinianos são constantemente humilhados pelo exército israelita... À beira da exaustão, estas pessoas expressam a sua raiva e o seu desespero – tal como os hebreus fizeram com os romanos ou Sansão com os filisteus. O cineasta Avi Mograbi ainda acredita no poder do diálogo, com os Palestinianos cercados, e com os omnipresentes elementos do exército israelita.

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Quinta 20

11h00, Pequeno Auditório
The Ister [HE]
de David Barison e Daniel Ross
189’ Austrália 2004

The Ister é uma viagem de três mil quilómetros pelo coração da Europa, da foz do rio Danúbio no Mar Negro até à sua nascente na Floresta Negra alemã. O filme é baseado no trabalho do mais influente e controverso filósofo do século XX, Martin Heidegger, que jurou fidelidade ao Nacional Socialismo em 1933. Combinando uma vasta narrativa filosófica com uma viagem épica pela maior via de comunicação fluvial europeia, o filme convida o espectador a desvendar o extraordinário passado e futuro do Ocidente.

14h30, Pequeno Auditório
The Box [CI]
de Eva Stefani
11’ Grécia 2004
Uma mulher idosa apaixona-se por um apresentador de televisão. O filme é um curto monólogo da mulher dirigindo-se ao televisor.

Alimentation Générale [CI]
de Chantal Briet
84’ França 2005
Em Epinay-sur-Seine, num bairro chamado la Source, o pequeno supermercado de Ali é a única loja ainda a funcionar no degradado comércio local. É também o único sítio onde os abandonados habitantes das torres residenciais se podem encontrar, um abrigo onde se juntam e convivem. Filmando o tempo a passar, nos seus rostos, nos seus destinos, esta crónica mostra a importância de um local como esse, uma modesta loja no meio de um bairro social, na qual, apesar das dificuldades e da pobreza, as pessoas ainda podem partilhar a amizade, o riso e algum calor humano.

16h30, Pequeno Auditório
Mahaleo [SE]
de Raymond Rajaonarivelo, Cesar Paes e Marie-Clémence Paes
98’ França/Madagáscar 2005
Em Malgache, “Mahaleo” significa livre, independente. As vozes e a música dos Mahaleo acompanharam o povo de Madagáscar desde o colapso do regime colonial. No entanto, mesmo depois de 30 anos de sucesso, o grupo de sete músicos ainda se mantem distante do mundo do entretenimento e permanece profundamente empenhado em ajudar o desenvolvimento do seu país. As suas profissões vão desde cirurgião a agricultor, de médico a sociólogo, e até um membro do parlamento. Acompanhando os ritmos e as melodias do grupo, o filme segue os cantores através das suas vidas quotidianas para nos dar uma visão dos grandes problemas sociais e económicos que afectam a população malgache.

18h30, Grande Auditório
Falta-me [P]
de Cláudia Varejão
20’ Portugal 2005
Na turbulência da vida urbana acontece-nos esquecer ou subestimar coisas que nos fazem falta, ausências que nos suspendem, adiam ou até que nos magoam. Este documentário pede a cerca de uma centena de habitantes da área metropolitana de Lisboa que escrevam numa ardósia o que mais lhes faz falta. São respostas de pessoas de vários extractos sociais, de diferentes idades e com actividades diversificadas, que acabam por compor um retrato íntimo da sociedade portuguesa contemporânea.

Bubbles – 40 anos à Procura de Sabe-se Lá o Quê [P]
de Helena Lopes e Paulo Nuno Lopes
60’ Portugal 2005
Helena e o Paulo andaram dez anos a perguntar às pessoas se eram felizes. Interrogaram os estudantes de uma universidade de elite na América e um pastor do Nepal que acreditava que a terra é plana. E também monges na Índia à procura da iluminação, uma mulher do Alentejo agarrada aos velhos tempos e pescadores de Aveiro que riam à custa de fintar o mar... Depois o Paulo voltou para os Estados Unidos para fazer um doutoramento sobre a felicidade. Então encontraram quatro estudantes que se dedicavam a reinventar a vida e que os deixaram a pensar o que é que tinham andado a fazer estes anos todos. E foi assim que o Paulo e a Helena se viram obrigados a voltar atrás no tempo e a tentar desaprender tudo o que a vida lhes ensinou de errado. Em busca da iluminação, da criatividade e do gozo pela vida.

21h00, Grande Auditório
Samagon [CI]
de Eugen Schlegel, Sebastian Heinzel
12’ Alemanha 2004
Algures numa remota aldeia na Bielorússia vive Babushka Vera. Como todas as senhoras de idade, ela está por sua conta. Alimenta os gansos, vai buscar água ao poço e destila uma bebida lendária. Foi essa bebida que em tempos salvou toda a aldeia.

 

El Cielo Gira [CI]
de Mercedes Álvarez
115’ Espanha 2005
Aldealseñor (Castilla, Espanha), uma aldeia de catorze habitantes, os últimos de uma geração com mil anos de história. Hoje a vida continua mas em breve desaparecerá sem deixar vestígios. Os habitantes e o pintor Pello Azketa partilham algo: o mundo evapora-se diante dos seus olhos. A realizadora regressa à sua origem para testemunhar esse desaparecimento.

23h00, Pequeno Auditório
Broadway, Black Sea [R]
de Vitali Manskij
79’ Rússia/Alemanha 2002

Refugiados das repúblicas do Cáucaso - arménios, azeris e russos – encontram-se nas margens do Mar Negro. Trabalham como lojistas, salva-vidas, animadores de karaoke ou então aproveitam as suas férias. Tudo acontece num sítio chamado Broadway, que não vem em nenhum mapa, nem mesmo nos mais detalhados. Os habitantes temporários de Broadway constroem um mundo inteiro em miniatura, constituído por tendas, carrinhos e cabines, ,montados perto uns dos outros e em filas improvisadas. Este cenário – que é montado para durar apenas umas poucas semanas durante o verão –fervilha de vida (e de modo algum representa o que é a vida normal na Rússia.

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Sexta 21

11h00, Pequeno Auditório
2 Eyes Open [CI]
5’ Reino Unido 2005
de Mateo Willis
O que é que acontece verdadeiramente na estreia de um
filme com uma grande estrela? Uma multidão aglomera-se à espera da chegada de uma vedeta e todos (público, televisões, seguranças) esperam conseguir a melhor prespectiva. De repente, a estrela aparece e torna-se no foco único de todos os olhares e motivo de agitação generalizada. Ou de quase toda a gente. Um corpo é arrastado por entre a multidão, coxeante e ameaçador.

Agbar [CI]
de Veronique Goel
10’ Suiça 2005
Esta é a história, em três partes, da Torre Agbar, em Barcelona, desenhada por Jean Nouvel. O edifício de 144 metros de altura, constituído por uma fachada circular de vidro e metal, foi recentemente inaugurado. Que melhor comentário sobre uma obra tão dominante sobre a paisagem circundante do que filmá-la para avaliar o seu impacto? O ponto de partida da realizadora é radical e minimalista: quatro longos planos fixos, que diminuem a presença imponente da Torre e a inserem na densa paisagem urbana.

Bullets in the Hood: a Bed-Stuy Story [CI]
de Terrence Fisher, Daniel Howard
22’ EUA 2004
Quando o jovem Stansbury foi mortalmente atingido por um polícia no bairro social de Brooklin onde vivia, a família e os amigos procuraram maneiras de lidar com a dor. Enquanto alguém sugeria, “os polícias estão à espera que nos revoltemos”, Terrence Fisher, o melhor amigo de Stansbury, preferiu fazer algo diferente. Aos 19 anos, Fisher pegou numa câmara de vídeo e, juntamente com outro amigo chegado, Danny Howard, de 18 anos, documentou as horas e os dias de tensão que se seguiram ao controverso incidente.

Behind the Fence [CI]
de Marcin Sauter
12’ Polónia 2005
“Uma das principais motivações para a realização deste filme era a tentativa de regressar ao tempo da infância, às férias e ao calor do Verão. Lembro-me dessas sensações, quando o número infinito de detalhes importantes, coisas para descobrir, histórias a desvendar e assuntos a pensar faziam que cada dia parecesse durar eternamente.”

Pepina [CI]
de Pablo Aguero
15’ Argentina 2004
Tinha 77 anos de idade quando a minha última filha nasceu.

 

 

Farewell 1999 [CI]
de Wu Ching - Yi
25’ Taiwan 2004
Quatro anos depois da morte da sua mãe, a realizadora começa a procurar memórias dela na documentação do dia-a-dia que ela deixou. Finalmente, percebe que o ano 1999, tal como a sua mãe, é já passado e nunca mais regressará.

11h00, Grande Auditório
A Marcha dos Pinguins [SE]
de Luc Jacquet
85’ França 2005

Mesmo no local mais hostil da Terra, o amor encontra o seu caminho Todos os Invernos, nos indomáveis desertos de gelo da Antártida, bem longe no local mais inóspito ao cimo da Terra, tem lugar uma viagem verdadeiramente extraordinária, efectuada da mesma forma há milénios. Pinguins Imperadores, aos milhares, abandonam a segurança das águas de azul cristalino onde habitam, e trepam para a superfície gelada, para dar início à sua longa jornada para uma região tão erma e tão extrema que não alberga nenhuma outra forma de vida, nesta época do ano. Em fila indiana, os pinguins marcham cegos pelas tempestades de neve, feridos pela força das rajadas de vento. Resolutos, indómitos, levados pela irresistível necessidade de se reproduzir, para assegurar a sobrevivência da espécie.

14h30, Pequeno Auditório
Workshop Primeiros Planos [SE]
Nesta sessão serão apresentados os resultados do workshop que Alain Bergala, conceituado especialista do ensino do cinema em França, esteve a realizar em Lisboa durante o festival com um conjunto de jovens alunos de cinema. O objectivo desse workshop é o de incentivar o olhar e a criação cinematográfica na sua forma mais simples e essencial, através da realização de filmes de um plano e de curta duração, retomando o gesto original dos irmãos Lumière.

14h30, Grande Auditório
Sergei Eisenstein: Autobiography [R]
de Oleg Kovalov
90’ Rússia 1996

O filme é dedicado ao centenário do cinema e ao centenário do nascimento de Sergei Eisenstein e é baseado nas memórias de Eisenstein. A intriga do filme é uma longa viagem ao estrangeiro, começada por Eisenstein em 1929. Vemos episódios transformados dos filmes de Eisenstein e dos seus contemporâneos, assim como material de arquivo raro com planos do próprio Eisenstein. Ouvimos apenas as reminiscências de Eisenstein, por vezes extremamente pessoais. Tudo isto reflecte o mundo interior do grande realizador durante os anos trágicos das duas revoluções russas e do terror estalinista. Os acontecimentos e as personalidades mostrados no filme sublinham o lugar especial de Sergei Eisenstein na cultura do século XX.

16h30, Pequeno Auditório
Six O’Clock News [RM]
de Ross McElwee
90’ EUA 1996

O realizador atravessa de carro os Estados Unidos registando de forma obsessiva no seu gravador de vídeo as histórias catastróficas que alimentam os noticiários televisivos
regionais que vê nas várias comunidades por onde vai passando. A partir daí, vai em busca das pessoas que viu nos noticiários para delas fazer retratos mais pessoais e aprofundados. Uma meditação sobre os media, a mortalidade e a teologia ao estilo americano.

16h30, Grande Auditório
Three Days and Never Again [R]
de Alexander Gutman
52’ Rússia/Finlândia 1998
Uma mãe perde pela primeira vez o filho quando ele é condenado à morte por fuzilamento porque, quando estava a cumprir o serviço militar no exército soviético, matou o seu comandante para salvar a própria honra. Três anos depois desse veredicto, o presidente russo comutou a pena de morte para prisão perpétua . A esperança regressou para mãe e filho. Uma vez por ano, é permitido à mãe visitar o seu filho na prisão. Mas as pessoas envelhecem. A mãe está reformada e a sua pensão mal lhe chega para viver. Juntou todas as suas poupanças e viajou até à prisão longínqua onde o seu filho está. Pela última vez…
Para a mãe é como se fosse uma segunda condenação à morte. Ainda por cima, uma nova lei foi aprovada que significa que também o Estado a privou da oportunidade de ver o seu filho novamente.

Life in Peace [R]
de Antoine Cattin e Pavel Kostomarov
45’ Rússia 2004
A guerra decorre na Chechénia desde 11 Dezembro de 1994. A mulher de Sultan foi morta e a sua casa destruída. Com o seu filho Apti, fugiu para a província russa, onde tenta recomeçar a sua vida. Se o pai consegue manter a sua integridade até ao fim, o que acontecerá ao seu filho, um jovem refugiado checheno em território inimigo? Deve tornar-se amigo de um jovem russo que vai partir para a guerra na Chechénia? Deve tentar integrar-se numa sociedadeque lhe nega o futuro e o rejeita ou deve voltar para o seu país
devastado pela guerra?

18h30, Pequeno Auditório
Across the Border [HE]
de Pawel Lozinski, Jan Gogola, Peter Kerekes, Robert Lakatos e Biljana Cakic-Veselic
131’ Áustria 2004

Um retrato poliglota de ideias sobre fronteiras no princípio do séc. XXI. Numa viagem em episódios de Norte para Sul, cinco realizadores – da Polónia, da República Checa, da Eslováquia, da Hungria e da Eslovénia - apresentam as suas concepções e visões de nação, de identidade e de Europa. Colocando a sua marca cinematográfica pessoal em retratos multifacetados dos seus países, abrem um espaço para o encontro com o desconhecido do lado. Uma viagem através de paisagens e mentalidades, numa área que está a desaparecer, e ao mesmo tempo, a renascer – um sério, absurdo, mágico, divertido e poético curso rápido sobre novos velhos vizinhos.

18h30, Grande Auditório
A Conversa dos Outros [P]
de Constantino Martins e Nuno Lisboa
22’ Portugal 2005
Numa cabine telefónica em Portugal, emigrantes brasileiros vêm repetir o mesmo gesto de ligação entre os dois lados do Atlântico. No relato do quotidiano, escutamos o que dizem e suspeitamos o que ouvem, num espaço indeterminado entre o público e o privado, o individual e o colectivo.

Gosto de Ti como És [P]
de Sílvia Firmino
57’ Portugal 2005
Uma família de Lisboa. Um bairro antigo e uma Marcha Popular: a Marcha da Bica. Este documentário constrói-se na aproximação a este sítio e a estas pessoas. Do sentido local do acontecimento popular à dimensão universal do desejo de sucesso, das vivências em comunidade e da procura da glória por mais efémera ou transitória que seja. Ensaios, conversas em família, encontros à esquina até à chegada do momento preparado ao longo de três meses: a apresentação pública da Marcha e a sujeição à avaliação de um júri. A expectativa e a crença na vitória crescem até de manhã quando a notícia chega ao bairro.

21h00, Pequeno Auditório
Russian Avant-Garde [R]
de Alexander Krivonos
52’ Dinamarca 1999

A colecção de pintura e artes gráficas do Museu Russo em S. Peterbursgo é conhecida em todo o mundo. O filme conta a história da arte de vanguarda russa a partir da revolução de 1917. É um relato do destino de Nikolai Punin, o teórico desse movimento de avant-garde, que, durante um longo período, foi o responsável pelo departamento do Museu Russo dedicado às novas tendências. Foi graças aos seus esforços que os trabalhos de artistas de vanguarda (como, por exemplo, Kasimir Malevich, Pavel Filonov e Vladimir Tatlin) sobreviveram à repressão estalinista no depósito do museu.

The House on the Island [R]
de Alexander Krivonos
26’ Rússia 1995

S. Petersburgo está localizada em 42 ilhas. Umas das maiores é a ilha Vasilyevsky. Desde sempre que os artistas escolhem esta ilha para aí se alojarem. Qualquer paisagem de S. Petersburgo pode ser tomada e enquadrada. É isso que torna tão fácil para um artista encontrar uma “boa vista” em S. Petersburgo. Mas a ponta da ilha de Vasilyevsky é um dos locais mais procurados pelos artistas. Três gerações de uma família de artistas de S. Petersburgo (os Proshkiny) reproduziram a cidade nos seus quadros ao longo de várias décadas – como se receassem que a cidade pudesse desaparecer. Retrataram a cidade, completando-a pelo poder da sua imaginação.

21h00, Grande Auditório
Diários da Bósnia [HE]
de Joaquim Sapinho
82’ Portugal 2005

“Fui à Bósnia quando a guerra acabou, em 1996, e estavam a ser implementados os acordos de Dayton. A Bósnia foi dividida em duas entidades, que separavam os dois principais opositores do conflito: Os Bósnios Sérvios e os Bósnios Muçulmanos. Dois anos depois, em 1998, voltei à Bósnia... O filme é o diário destas duas viagens, em que me confronto com as memórias da guerra, com a morte, com a destruição e com a sobrevivência das vítimas que não sabem como voltar para casa.”

23h00, Pequeno Auditório
The Abandoned House [R]
de Lev Cherenstov
52’ Rússia 1992
Uma galeria de retratos da vida rural na Rússia contemporânea. O realizador interessa-se pela coexistência entre camponeses autênticos e os citadinos que chegam ao campo para escapar aos problemas urbanos de hoje em dia, o que dá ao filme ao mesmo tempo uma grande dose de humor e de tristeza.

Photographer [R]
de Alexander Kott
10’ Rússia 1997
A ocupação de toda uma vida de um homem idoso está a chegar ao fim. Momentos congelados de todos os aspectos da vida foram capturados pela sua câmara. Agora ele quer parar o tempo. Para si próprio. Um documentário bem-humorado, intímo e poético.

23h00, Grande Auditório
Bright Leaves [RM]
de Ross McElwee
107’ EUA 2003

Na Carolina do Norte produz-se mais tabaco que em qualquer outro estado norte-americano. Este filme descreve uma viagem pelo campo social, económico e psicológico deste estado, guiada por um realizador que daí é natural e cujo avô criou a famosa marca de tabaco conhecida como Bull Durham. “Bright Leaves” é uma reflexão subjectiva e autobiográfica sobre os cigarros e a sua conturbada herança para o estado da Carolina do Norte. É sobre a perda e a preservação, o vício e a negação. “Bright Leaves” explora a noção de herança – o que uma geração deixa à seguinte – e como isto pode ser um assunto particularmente complicado sobretudo quando falamos do Sul e do tabaco.

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Sábado 22

14h30, Grande Auditório
A Decent Factory [I]
de Thomas Balmés
79’ França 2004

É possível ter lucros e ser ético? As questões éticas estão a tornar-se mais graves para as empresas ocidentais à medida que estas mudam a sua produção para países de mão de obra mais barata. “A Decent Factory” segue uma Investigadora de Ética da Nokia na sua viagem até à China para visitar fornecedores de componentes da empresa. Choques entre culturas, entre ética e lucro, tornam-se óbvios neste novo documentário de Thomas Balmès. O filme dá a
ver o que acontece quando uma puritana nórdica sem experiência histórica do colonialismo enfrenta as realidades da globalização através do seu próprio trabalho.

16h30, Grande Auditório
The Russell Tribunal [SE]
de Staffan Lamm
10’ Suécia 2003
Estocolmo, 1967. O Tribunal Russell, com participantes como Jean-Paul Sartre, investiga os crimes dos Estados Unidos da América no Vietnam. As vítimas são chamadas a depor. Hoje, a partir de uma distância de mais de 35 anos, o realizador reflecte sobre o material que filmou no tribunal, imagens que nunca tinham sido mostradas.

Les Artistes du Théâtre Brûlé [SE]
de Rithy Pahn
85’ França 2005
O Cambodja é a terra dos sonhos perdidos. Já não há cinema, nem teatro, nem salas de espectáculo. As artes performativas tradicionais estão a desaparecer, tornadas irrelevantes pela televisão. Mas ainda há artistas. Depositários de uma tradição que não podem manter por falta de instituições, de financiamento bancário e de lugares para representarem, estão condenados à miséria ou então a apresentar entretenimento folclórico para turistas. A ideia que deu origem a este filme foi a de juntar um grupo de actores à volta de um projecto que exemplifica a realidade em que se vive no Cambodja: há algo dentro das pessoas – a dignidade, a identidade – que está a desfazer-se, num processo de perda da memória.

18h30, Pequeno Auditório
Alone [R]
de Dimitri Kabakov
48’ Rússia 1999

Todos os dias, à mesma hora, uma mulher idosa curvada com um carrinho de comprar entra no mesmo comboio. Sai do comboio numa estação longínqua e começa a andar através dos bosques. Ana Diomina é tão velha quanto o século. Enquanto seguimos Ana Diomina através das ruas geladas, a sua história e a do século XX russo vão sendo desenroladas perante os nossos olhos. Em comum têm uma história de lealdade e de traição. O marido, oficial no Exército Vermelho, foi subitamente preso no tempo de Estaline. Ana procurou durante quinze anos o marido pelos meandros do sistema prisional. Um breve encontro com a jovem Czarina em 1915 e o seu próprio encarceramento por quatro meses em 1944 são alguns dos extraordinários acontecimento que descobrimos nesta viagem pela história de uma mulher cheia de força espiritual.

18h30, Grande Auditório
The Three Rooms of Melancholia [SE]
de Pirjo Honkasalo
106’ Finlândia 2004

“The 3 Rooms of Melancholia” retrata a vulnerabilidade da mente de uma criança. As personagens principais são um grupo de rapazes dos 9 aos 14 anos, cadetes na Academia Militar de Kronstadt, uma mulher chamada Hadizhat Gataeva, que salva crianças das ruínas da Tchechénia, e as crianças que vivem num campo de refugiados do outro lado da fronteira, na Ingúchia. O cenário é o da interminável guerra na Tchechenia.

21h30, Grande Auditório
Grizzly Man
[Sessão de encerramento e de entrega de prémios]
de Werner Herzog
103’ EUA 2005

“Grizzly Man” explora a vida e a morte terrível de Timothy Treadwell, um especialista amador em ursos grizzly e defensor da vida animal. O filme é uma fábula moral sobre o relacionamento do homem moderno com a natureza selvagem e segue as viagens de Treadwell pelo Alaska, onde ele viveu com esses ursos e aprendeu a gostar deles. A cruzada de Treadwell pela defesa dos grizzlies foi tragicamente interrompida quando ele e a sua namorada foram atacados e mortos por um urso tresmalhado em Outubro de 2003.

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Domingo 23

16h30, Grande Auditório
FILMES PREMIADOS 1

18h30, Grande Auditório
FILMES PREMIADOS 2

21h00, Grande Auditório
FILMES PREMIADOS 3

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Todos dias, de 16 a 23
das 11h00 às 20h00, Galeria de exposições da Culturgest
Programação Galeria 2

Em três salas da galeria de exposições da Culturgest decorrem projecções contínuas, em vídeo, de obras que completam a programação de duas secções e de uma iniciativa pedagógica do doclisboa 2005. Na sala 1, é apresentado um conjunto de filmes de Ross McElwee que se afastam da faceta autobiográfica mais marcante do seu trabalho, completando-se assim a apresentação integral da retrospectiva da sua obra. Na sala 2, um grupo de filmes e de reportagens que prolongam alguns dos temas da secção Histórias da Europa, designadamente a imigração (magrebina em Melilla, l’Europe au Pied du Mur e da Turquia em The Unwanted) e a guerra na ex- Jugoslávia (Srebrenica: Never Again? e o projecto Videoletters). Na sala 3, a apresentação de Five, filme-instalação de Abbas Kiarostami constituído por cincos longos planos-sequência, o qual se liga também com a realização do Atelier Primeiros Planos durante o festival.
Entrada Livre

Sala 1 – Retrospectiva Ross McElwee
Space Coast (1978, 90’)
Resident Exile – Portrait of an Iranian in America (1981, 28’)
Something to Do with the Wall (1990, 90’)
Kosuth (1997, 8’)
Curating (2002, 10’)

Sala 2 – Histórias da Europa
Melilla, l’Europe au Pied du Mur
(Arlette Girardot e Philippe Baqué, 54’, França, 2000)
Minúsculo enclave espanhol na costa mediterrânica de Marrocos, Melilla vê afluir diariamente centenas de candidatos à emigração.

 

The Unwanted
(Adela Peeva, 52’, Bulgária, 2000)
Na Bulgária, perto da fronteira com a Turquia, duas comunidades que viveram sempre juntas - os búlgaros e os turcos – são bruscamente separadas.

 

VideoLetters
(coord: Rejger e Van den Broek, 45’, Holanda, 2004)
Antigos amigos, colegas ou vizinhos separados pela guerra na ex-Jugoslávia trocam videocartas. Passo a passo, eles restabelecem o que antes era uma relação chegada.

 

 

Srebrenica: Never Again?
(Leslie Woodhead, 52’, Reino Unido, 2005)
“Srebrenica: Never Again” segue as histórias de quatro pessoas cujas vidas foram destruídas pelo massacre de Srebrenica de Julho de 1995.

Sala 3 – Abbas Kiarostami

Five
(Abbas Kiarostami, 73’, França/Irão, 2004)

O filme é construído em cinco partes, numa faixa da costa do mar Cáspio. Cada parte é filmada de um ponto de vista que capta o que se passa na praia. Meditativo, persistente e em sintonia com o ritmo da natureza, Five desenrola-se languidamente permitindo aos espectadores a liberdade de contemplar cada pormenor. “É como se recitasse um poema que já foi escrito. Já tudo existe…Eu apenas observo”. Tendo como subtítulo “Cinco Longos Planos dedicados a Yasujiro Ozu”, Five assume-se como objecto exigente e transcendente de arte minimalista.

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Actividades Paralelas

Quarta 19

11h00, Grande Auditório
Masterclass com Alexander Krivonos [SE]
O realizador russo Alexander Krivonos é o autor de dois dos filmes apresentados na secção Documentário Russo Pós-Soviético, The House on the Island e Russian Avant-Garde respectivamente. Alexander Krivonos, em colaboração com Sergey Dubrovskij, criou a produtora Quadrat Film em 1995. Ao contrário da maior parte dos seus colegas, estes insistiram em fazer os seus filmes em vídeo e não em película de 35 mm, procurando temas no mundo da arte. “Russian Avantgarde” (uma co-produção dinamarquesa e russa) tornou-se o seu filme mais conhecido internacionalmente, depois de vários outros filmes sobre arte – sobre Malevich, sobre Repin, sobre artistas a viver na The House on the Island (A Casa na Ilha) e sobre outros assuntos, frequentemente relacionados com o Museu Russo em São Petersburgo.


Sábado 22

16h30, Pequeno Auditório
Masterclass com Ross McElwee [SE]
A fechar a retrospectiva completa da obra que o doclisboa dedica ao realizador americano, uma aula de cinema em que Ross McElwee (que além de cineasta é também de efectivamente professor de cinema em Harvard) falará dos seus filmes e da sua abordagem singular do documentário na primeira pessoa e de como isso se ligou à sua formação com dois mestres da escola americana do cinema directo (Richard Leacock e Frederick Wiseman).

Outras:

Sessões Escolares
No intuito de formar novos públicos para o documentário, o festival apresenta programas especiais dirigidos a públicos escolares. Estas sessões são gratuitas para grupos organizados (no mínimo 10 alunos) mediante marcação prévia.
Informações e Marcações: telefone 21 887 16 39 - telemóvel 93 870 16 87
anacristina@doclisboa.org e luísa@doclisboa.org


Todos os dias
das 11h00 às 21h00

Videoteca
Par além dos filmes exibidos nos dois auditórios e na Galeria 2, o público do festival poderá visionar um conjunto de cerca de 600 filmes (longas e curtas-metragens) enviados para a selecção do doclisboa. A sala da videoteca situa-se em frente do Grande Auditório e o seu acesso é livre no limite dos postos de visionamento disponíveis. Alguns dos postos de
visionamento são reservados exclusivamente a profissionais acreditados no festival.

das 14h00 às 23h00, Grande Auditório
Fórum / Encontros e Debates – Bar Jameson
Espaço situado junto ao Grande Auditório e ponto de encontro dos realizadores com o público, no Fórum decorrem ao longo do festival encontros, debates e conversas com os realizadores portugueses e estrangeiros presentes no doclisboa.

Bar da Discoteca Lux
After Docs – Bar Lux

Traveling
Instalação vídeo de Rui Simões Bar do Lux para 14 projectores
Travelling entre o Ocidente e o Oriente, INDIA E FLANDRES.
Salpicos de atmosferas em seda pura com bailarina e palavras de encontros e desencontros sobre paisagens.
2005.

 

[topo]

 


Organização: Apordoc
Rua dos Bacalhoeiros, 125, 4º. 1100-068 Lisboa. Portugal . Tel. & Fax: + 351 21 887 16 39
Email: doclisboa@doclisboa.org | apordoc@sapo.pt