Věra Chytilová teve uma carreira de mais de 50 anos. Mãe fundadora da Nova Vaga Checa, vanguardista e surrealista durante a Primavera de Praga, cronista social no período de normalização que se seguiu à invasão soviética, satirista anticapitalista da República Checa independente. Documentarista, arquivista e humorista, colaborando amiúde com actores de teatro de vanguarda. Figura-chave no desenvolvimento cinematográfico do ponto de vista feminino, que, no entanto, se mostrava apreensiva perante a etiqueta “feminista”. Sempre esquiva, Věra Chytilová foge à catalogação, mas continua a ser, apesar das inúmeras reinvenções da sua personalidade artística (do cinéma vérité à vanguarda e ao realismo), uma cineasta invejavelmente coerente. Como é que havemos de ver os filmes dela agora – essas pedras idiossincráticas, peculiares e bizarras no sapato crítico de toda a gente?
Com a presença de Boris Nelepo, Carmen Grey e Jasmina Blaževič.
Mesa redonda conduzida em inglês, sem tradução.
Entrada livre mediante levantamento de bilhete no próprio dia.