Em 1958, André Bazin começou a trabalhar num filme, nunca realizado, sobre as igrejas românicas de Saintonge. Sobraram notas, fotografias e um guião que declarava a intenção de “explicar o charme incomparável destas igrejas na vida quotidiana actual de Saintonge”. Hébert compôs uma reflexão sobre a passagem do tempo, as ruínas, o restauro e a morte de Bazin.
O Doclisboa pretende questionar o presente do cinema, em diálogo com o seu passado e assumindo o cinema como um modo de liberdade. Recusando a categorização da prática fílmica, procuram-se as novas problemáticas presentes na imagem cinematográfica, nas suas múltiplas formas de implicação no contemporâneo. O Doclisboa tenta ser um lugar de imaginação da realidade através de novos modos de percepção, reflexão, novas formas possíveis de acção.